quinta-feira, 28 de junho de 2012

ABIMAQ: Faturamento do setor sobe 11,2% e soma R$ 7,141 bi em maio

O faturamento nominal da indústria de máquinas e equipamentos do Brasil subiu 11,2% em maio na comparação com abril, totalizando R$ 7,141 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano passado houve alta de 1%, de acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). No acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, o faturamento do setor cresceu 1,5%, somando R$ 32,762 bilhões. De janeiro a maio, a balança comercial do setor de máquinas e equipamentos registrou déficit de US$ 7,905 bilhões, alta de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado. 

No mês passado, as exportações somaram US$ 1,058 bilhão, alta de 4% na comparação anual e alta de 11% na comparação mensal. Nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2011, a alta foi de 12,3%. No ano, os principais consumidores de máquinas e equipamentos brasileiros, estão a América Latina, com US$ 2,103 bilhões e Estados Unidos, com US$ 1,015 bilhão. As importações alcançaram US $ 3,067 bilhões em maio, valor 13,2% maior que o apurado em maio do ano passado e 26,8% maior do que em abril. No acumulado do ano, por sua vez, as importações tiveram alta de 10,6% sobre o mesmo período do ano passado. No ano, os principais fornecedores de produtos do setor são Estados Unidos e Alemanha, com 24,7% e 13,7% de participação no total importado O quadro de pessoal na indústria nacional de máquinas e equipamentos atingiu 259.167 empregados em maio, configurando queda de 0,4% em relação ao mês anterior.

Fonte: Agência Leia, Portal Agorainvest, Ecofinanças
Abimaq

terça-feira, 26 de junho de 2012

TRIGO: Demanda é boa no RS. Clima da última semana favorece plantio

Comentaremos hoje sobre o trigo gaúcho, que apresentou melhora nas condições para o plantio nesta última semana. Estado que não apresentou demanda expressiva no último leilão de venda de estoques públicos e ainda tem forte descolamento entre os preços de lotes e os pagos aos produtores na maior parte do Estado.

Comentários da EMATER local davam conta de melhora nas condições de plantio na maioria das regiões produtoras no final da última semana. De fato as chuvas ocorreram na média a 30-40mm na última semana, privilegiando as regiões de Santa Rosa, Bagé e Santa Maria, que receberam volumes superiores. O avanço do plantio na semana foi de 15 pontos percentuais, alcançando na última quinta-feira 50% da superfície prevista.  

Apesar da baixa procura nos últimos leilões de venda de estoques públicos, corretora da região de Ijuí apontou boa procura no mercado físico de lotes, sem muito produto disponível. Fontes consultadas apontavam valores entre R$ 465 e 495/ton FOB dependendo da origem e da qualidade do trigo. Preços pagos aos produtores tem média estadual de R$ 24,10 ou R$ 400/ton. 

Hoje foi um dia de poucas chuvas, com baixos volumes previstos para esta semana. Na próxima há previsão de precipitações na maior parte das regiões produtoras (Santa Maria, Passo Fundo e Santa Rosa).


Confira mais informações no site da AFNews
Fonte: AF News

segunda-feira, 25 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Comissão de Agricultura vai discutir armazenagem de grãos no Brasil

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vai realizar audiência pública para discutir a armazenagem de grãos no Brasil e os programas federais de infraestrutura para estocagem. A iniciativa do debate, ainda sem data marcada, é da Câmara dos Deputados. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que em 2009 o Brasil possuía 5,8 milhões de toneladas em armazéns inativos. 

Outra pesquisa de mercado feita aponta que para a capacidade de armazenagem se equilibrar à produção esperada para os próximos dez anos, adicionado aos déficits atuais, a necessidade de investimentos é expressiva. Considerando os déficits de armazenagem, os investimentos para equilibrar à produção de 2008 que eram de R$ 4,9 bilhões, aproximadamente, chegariam a R$ 17 bilhões em 2019/20. 

Serão convidados representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e do Desenvolvimento Agrário; do grupo de armazenagem da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); da Associação Centro de Inovação Tecnológica de Pós- Colheita (Acitec); do Arranjo Produtivo Local de Panambi/Condor (APL).

Fonte: Agência Câmara, Portal Noodls, Portal Cenário MT
Abimaq

quinta-feira, 14 de junho de 2012

IBGE dá partida ao cálculo do PIB verde

As Nações Unidas (ONU) acabam de aprovar uma padronização metodológica do sistema de cálculo dos recursos ambientais dos países, o chamado PIB verde. Isso vai permitir ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dar partida à mensuração do patrimônio ambiental do Brasil, logo após a Rio+20. O objetivo do IBGE é integrar esse levantamento ao sistema de contas nacionais que mede o PIB econômico.

Da lista de riquezas naturais consta água, florestas, energia, extração mineral que inclui minérios e petróleo, dentre outras.

"Vamos começar com a conta da água, que vamos mensurar tanto em volume, quanto em valor, e calcular seu consumo pelas famílias, indústria e agropecuária", diz Wasmália Bivar, presidente do IBGE. A instituição foi autorizada por portaria ministerial do Planejamento e Meio Ambiente, publicada dia 30 de maio no DOU, a criar um grupo junto com a Agência Nacional da Água (ANA) para trabalhar na conta da água.

O IBGE ainda não tem data para divulgar os dados da pesquisa. O tema é um dos mais presentes na conferência da ONU. "O processo é demorado", explica Wasmália. Ela informa que a pesquisa levanta primeiro os estoques físicos de água e em seguida faz a sua valoração. Depois dessa contabilização, o IBGE vai começar a medir os usos desse capital. Para as atividades produtivas e de consumo o Brasil usa quanto de água?

"Quando fecharmos essa conta vamos saber (IBGE) quais as atividades que consomem mais ou menos água para produzir o quê, em quê volume e valor", adianta a presidente do IBGE. Segundo ela, a contabilidade desse patrimônio ambiental permitirá o IBGE avaliar se o país usa quantidades crescentes ou decrescentes de água em relação a produção de bens e serviços (PIB) e diagnosticar, com base em parâmetros de eficiência internacional, se desperdiça o precioso líquido.

"Vamos saber ao longo do tempo se o país está diminuindo ou aumentando o consumo de água em relação ao PIB econômico. O mesmo ocorrerá em relação aos outros patrimônios naturais. Assim, descobriremos como está sendo usado o patrimônio ambiental do país. Vamos com isso conseguir responder a muitas perguntas importantes", destaca Wasmália.

O diretor de Geociências do IBGE, Wadih Neto, ressalta outro aspecto relevante do PIB verde. O indicador pode ajudar na formulação de políticas. "Hoje já há regiões no Brasil onde água é um bem escasso, como no Vale do Paraíba. A conta verde vai facilitar escolha das atividades".

Roberto Olinto, coordenador das contas nacionais do IBGE, diz que "o PIB verde não existe se não calculamos o PIB econômico". Para ele, "não estamos mudando o PIB ou criando um outro, o PIB verde. Vamos complementar e aperfeiçoar o PIB". Na prática, o PIB verde (o IBGE não gosta da expressão) será divulgado todo ano pelo IBGE junto com o PIB econômico. E terá impacto sobre o seu resultado final.

Um grupo de estatísticos está no IBGE desde segunda-feira para debater a implementação do sistema de padronização internacional do PIB ambiental das Nações Unidas.

O programa faz parte da Rio+20. Lá estão Ivo Havinga, chefe da divisão de estatísticas da ONU, Peter van de Ven, chefe das contas nacionais da OCDE, Sheng Fulai, do Pnuma, Glenn-Marie Lange, economista chefe de desenvolvimento ambiental do Bird, e Pedro Diaz, da Eurostat.

Fonte: Valor Econômico
Abimaq

terça-feira, 12 de junho de 2012

BB bate meta de desembolso para agricultura de baixo carbono

O Banco do Brasil (BB) informou nesta sexta-feira ter aplicado, entre julho de 2011 e maio de 2012, R$ 850 milhões por meio do Programa de Baixa Emissão de Carbono (ABC). Com esse volume de empréstimos, o BB atingiu sua meta de desembolsos no ABC um mês antes do encerramento do ano-safra 2011/2012, que ocorre em 30 de junho. Até aqui, foram mais de 2,6 mil operações contratadas, informou o BB.

O programa ABC foi lançado pelo governo federal em 2010 para mitigar e reduzir a emissão dos principais gases de efeito estufa (dióxido de carbono, metano e óxido nitroso). De olho na conferência Rio+20, a meta do governo é reduzir, até 2020, entre 125 e 156 milhões de toneladas a emissão de CO2. O orçamento total do ABC, anunciado em junho de 2011, é de R$ 3,5 bilhões. O BNDES administra os recursos para empréstimos via bancos privados.

O programa financia a recuperação de áreas e pastagens degradadas e a implantação e manutenção de florestas comerciais ou destinadas à recomposição de reserva legal ou de áreas de preservação permanente.

O vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do BB, Osmar Dias, informou, em nota, que o fato revela “um grande feito para o agronegócio e um exemplo de boas práticas em benefício do meio ambiente e da sustentabilidade”.

O valor financiado no ABC pode ser de até R$ 1 milhão a taxas de 5,5% ao ano, em prestações que podem chegar a 15 anos, dependendo da atividade ou do bem financiado.

Fonte: Valor Econômico
Abimaq

segunda-feira, 11 de junho de 2012

sexta-feira, 8 de junho de 2012

BNDES reduz juro para capital de giro

Nos esforços do governo para aliviar a indústria, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tentará puxar uma redução nos custos de crédito para capital de giro. O banco de fomento anunciou ontem redução de juros no Programa de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (Progeren) e cobrou dos agentes repassadores dos recursos a redução das taxas finais para as empresas.

As taxas caíram de 9,5% ao ano para 6% ao ano, no caso de pequenas e microempresas.

Para médias (com faturamento entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões), passou de 9,5% para 6,5%. Já para as grandes e médias-grandes, a taxa será de 8%, contra 10%. As médias empresas responderam por 48% do valor contratado no programa. Do orçamento total até o fim de 2013, 79% serão destinados a médias, pequenas e microempresas.

O programa, com foco em médias, pequenas e microempresas, que já desembolsou R$ 1,2 bilhão até o mês passado, terá mais R$ 14,207 bilhões até dezembro de 2013. Em 2011, o Progeren desembolsou R$ 4 bilhões. "Queremos ver o esforço de redução de taxas que o BNDES está fazendo integralmente repassado para o cliente na ponta. Além disso, gostaríamos de ver os agentes financeiros colaborando com redução dos seus spreads", disse o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho, ao apresentar as medidas, no Rio.

Concorrência. Para Coutinho, uma maior concorrência bancária e a "parceria" com os bancos públicos deverão levar a essa redução. O Banco do Brasil (BB) é o principal repassador do Progeren, que não tem operações diretas. O BB respondeu por 88% do valor repassado de 2008 a abril de 2012 para microempresas. Para as médias, a participação foi de 44% - o Itaú Unibanco, segundo colocado, ficou com 19%.

"Temos confiança que o BB cumprirá os entendimentos conosco de buscar redução no spread", completou Coutinho, para quem o Progeren "será o programa (e capital) de giro com taxas mais baixas já praticadas no País". O spread médio (taxa que o banco repassador, que assume o risco, cobra sobre o juro do BNDES) no Progeren está em 3,2% - de 4,7%, para as microempresas, a 2,4%, para as grandes.

Além disso, o programa será ampliado. Toda a indústria de transformação que fatura de R$ 16 milhões a R$ 90 milhões poderá recorrer às linhas. Hoje, somente produtos têxteis, confecção de artigos do vestuário e acessórios, e couro e calçados - além de alguns subgrupos de outros setores - são contemplados.

Segundo Coutinho, a medida do governo é uma reação à desaceleração da expansão do crédito à indústria, e uma ação preventiva frente a uma possível piora no cenário externo, com risco de "ruptura bancária na Europa", embora com impactos atenuados no Brasil.

O economista Júlio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), diz que o crédito está "desacelerando fortemente", sobretudo nos bancos privados e "com ênfase no setor industrial",.

Já o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, considera o barateamento de crédito, inclusive com redução de spread, insuficiente.

Fonte: O Estado de S. Paulo
Abimaq

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O setor agrícola será um dos que mais receberá investimentos, com R$ 302,6 bilhões, segundo pesquisa da Abimaq

Os investimentos realizados no Brasil, entre 2011 e 2014, devem somar R$ 3,1 trilhões no setor industrial e de infraestrutura, o equivalente a cerca de 90% dos investimentos monitorados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor é 57,5% superior aos recursos investidos no período de 2006 a 2009, que foram de R$ 1,9 trilhão. Os dados são da pesquisa feita pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Para a associação, o Brasil irá se beneficiar com a alta dos investimentos até 2014 mesmo com a crise internacional. No mercado interno, os eventos esportivos e a exploração de petróleo e gás devem ajudar o crescimento e neutralizar o cenário externo. 


Fonte: Globo Rural, Transportes 1500
Abimaq

terça-feira, 5 de junho de 2012

Alta do dólar favorece indústria

A valorização do dólar frente ao real - quase 20% desde março - era o que os empresários brasileiros do setor industrial ansiavam, para ajudar a ampliar a competitividade do produto nacional frente aos importados e também para melhorar a rentabilidade nas vendas no Exterior.

A avaliação é positiva, embora os benefícios para as empresas não devam ser imediatos. Espera-se em torno de três meses para que a taxa cambial, hoje na casa dos R$ 2, se traduza, por exemplo, em substituição da compras de insumos e componentes que eram adquiridos em outro país - que se encareceram -, por encomendas a fornecedores locais.

Segundo o economista Rogério de Souza, do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), no curto prazo, as indústrias têm de se reprogramar, na fixação de preços de venda de produtos lá fora ou na compra de equipamentos importados. Ele acrescenta que é necessária atenção com a variação da taxa. "É preciso algum cuidado com desvalorizações muito fortes (do real), que atrapalham o planejamento. O Banco Central deve conter grandes oscilações", afirma.

E o momento não ajuda muito os exportadores. Não adianta as condições de competitividade melhorarem se o mercado externo, com a crise européia, piorou, observa Wiliam Pesinato, vice-diretor da regional do Ciesp (Central das Indústrias do Estado de São Paulo) em São Caetano.

Com isso, não é possível prever avanço significativo nas encomendas ao Exterior. "O efeito principal deve ser no mercado interno, na concorrência com os importados", afirma Souza.

Nas vendas domésticas (dentro do País), as empresas devem ganhar competitividade, apesar de ainda haver outros problemas, como a elevada carga tributária, deficiências de infraestrutura e os juros, ainda muito altos, assinala o empresário Roberto Barth, que integra a CDIB (Comissão de Defesa da Indústria Brasileira).

Taxa ainda não atingiu patamar ideal, dizem analistas

A valorização do dólar ainda é considerada insuficiente para a competitividade da indústria nacional, segundo especialistas. O ideal seria que chegasse a R$ 2,20, avalia o vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) José Augusto de Castro. Por sua vez, o empresário Roberto Barth, integrante da CDIB (Comissão de Defesa da Indústria Brasileira) estima que a taxa de equilíbrio seria R$ 2,49, levando em conta atualizações da moeda nos últimos 15 anos e ganhos de produtividade.

Outra questão polêmica, que gera divergências, é em relação à continuidade do ritmo de apreciação do dólar frente ao real. Apesar da avaliação de que essa trajetória da taxa neste ano tem relação com os efeitos da crise europeia - que gerou fuga de capitais do País - Barth considera que "a subida (da moeda norte-americana) ainda não terminou".

Castro tem visão diferente. "Não há previsão de que se sustente", diz. Para ele, as empresas preferem trabalhar com o câmbio a R$ 1,90 e não nos R$ 2,03 atuais, para não correrem risco com eventual valorização do real.

Fonte: Diário do Grande ABC
Abimaq

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Faturamento da área de implementos agrícolas cresce 20,8% no ano

O faturamento nominal do segmento de máquinas e implementos agrícolas das empresas  ligadas à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) cresceu 20,8% de janeiro a abril deste ano em relação ao mesmo período de 2011, totalizando R$ 3,146 bilhões. Os números foram divulgados hoje pela Câmara que representa o segmento dentro da Abimaq (CSMIA).

De janeiro a abril, as exportações aumentaram 4,7% para US$ 322,92 milhões ante US$ 308,5 milhões do primeiro quadrimestre do ano passado. Já as importações continuaram a trajetória de alta e subiram 81,2% no período, para US$ 254,789 milhões.

O nível de utilização da capacidade instalada foi de 79,84% em abril ante 83,80% do mesmo mês do ano passado, queda de 4,7%.

Fonte: Valor Econômico, G1
Abimaq

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Copom reduz Selic para 8,5% ao ano, a menor taxa da história

O  Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta-feira (30/05) a redução da Selic, a taxa básica de juros da economia, de 9% para 8,5% ao ano, o menor patamar da história.

Com o corte, as mudanças na remuneração da poupança anunciadas pelo governo no início do mês passam a valer. Ou seja, o rendimento da caderneta será menor para o dinheiro depositado pelos brasileiros depois de 3 de maio.  As aplicações serão remuneradas pela Taxa Referencial (TR) mais 70% da Selic, o equivalente neste momento a 0,4828% ao mês. Para os depósitos até 3 de maio, fica assegurada a regra anterior, mais vantajosa, com rendimento de TR mais 0,5% ao mês.

A decisão do Copom foi tomada por unanimidade. Segundo o comitê, a inflação está atualmente sob controle e a fragilidade da economia mundial tem contribuído para manter a estabilidade de preços.

Com a redução, o BC diminuiu o ritmo de queda do juro básico da economia. Na última reunião do Copom, em abril, a taxa havia sido reduzida em 0,75 ponto porcentual.

O corte de 0,5 ponto percentual já era esperado pelo mercado. De acordo com levantamento do AE Projeções, de 80 instituições financeiras consultadas, 67 esperavam uma queda de 0,5 ponto porcentual, 11 aguardavam redução de 0,75 ponto e apenas duas apostavam em corte de 0,25 ponto porcentual.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 10 e 11 de julho. A ata da reunião de hoje será divulgada pelo BC na sexta-feira da próxima semana, dia 8 de junho.

Repercussão

O corte da Selic realizado hoje pelo Copom foi recebido com festa pelo empresariado e pelas entidades de classe dos trabalhadores. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) avaliou, em nota divulgada à imprensa, que a redução "é um marco para o Brasil pós-ditadura".  A entidade lembra que, pela primeira vez desde 1986, o país terá uma taxa de juro real mais próxima à praticada em países de economia madura, por volta de 2,8% ao ano.

A Fiesp e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) também elogiaram o Banco Central. Para a CNI, o corte "é essencial diante da crise internacional". Já a Fiesp afirmou em nota que "a queda nos juros e o equilíbrio cambial são positivos", mas cobrou do governo medidas adicionais para recuperar a competitividade da indústria brasileira. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) classificou como "louvável" a redução dos juros, mas também se dirigiu ao governo para pedir que ele continue a pressionar as instituições privadas a baixarem suas taxas de financiamento.

A Força Sindical chamou a nova redução da taxa Selic de "um alento para a fraqueza industrial do país que vem mostrando dificuldades em apresentar sinais consistentes de crescimento".

Fonte: Época Negócios
Abimaq