terça-feira, 28 de agosto de 2012

Confiança da indústria sobe 1,4% em agosto, diz FGV


O Índice de Confiança da Indústria (ICI) voltou a melhorar em agosto e atingiu os 104,1 pontos, uma alta de 1,4% na comparação com os 102,7 pontos de julho, conforme informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. No mês passado, o ICI havia recuado 0,5% sobre junho. Com o resultado, o índice de confiança atingiu o seu maior nível desde julho do ano passado, quando registrou 105,0 pontos. Na comparação com agosto do ano passado o ICI apresentou alta, também de 1,4%.

Em julho, na comparação com o mesmo mês de 2011, o índice havia apresentado queda de 2,0%. De acordo com a FGV, no entanto, apesar do aumento registrado em agosto o ICI permanece abaixo da média histórica recente, de 105,5 pontos.

O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da indústria cresceu de 83,7% para 84,0% na passagem de julho para o mês de agosto, na série com ajuste sazonal. 

Fonte: O Estado de S. Paulo / Abimaq

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

BNDES vai lançar fundo de R$ 170 milhões


Um novo fundo de investimento de capital-semente, voltado para empresas emergentes inovadoras, está sendo lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na próxima semana, o banco publica o edital do Criatec II, fundo que nasce com patrimônio de R$ 170 milhões. O novo fundo fará aportes de capital em 36 empresas inovadoras que serão selecionadas por um gestor nacional escolhido pelo banco.

Márcio Spata, gerente do departamento de fundos de investimento da BNDESPar, braço de participações do BNDES, disse que o edital do Criatec II será lançado até quarta-feira e permitirá receber propostas de gestores de fundos de investimento. Caberá ao gestor montar equipes regionais em diferentes Estados para selecionar as empresas nas quais o fundo vai investir. Spata disse que o BNDES poderá participar com até 80% do patrimônio do fundo. O percentual restante caberá a outros investidores.

O Banco do Nordeste (BNB) e o Badesul, banco de desenvolvimento do Rio Grande do Sul, serão cotistas do fundo e terão acima de 20% de participação, segundo Spata. "Estamos conversando com outros quatro investidores", disse o executivo. Ele reconheceu que há dificuldade de fazer investidores institucionais participarem de um fundo de investimento de capital-semente e, portanto, os cotistas terminam sendo instituições de Estado.

Com a iniciativa, o BNDES tenta repetir o bom desempenho obtido com a primeira versão do Criatec, lançada em 2007. Na ocasião, o fundo podia investir em empresas com faturamento anual de até R$ 6 milhões. No Criatec II, esse teto será ampliado. Spata disse que o Criatec I foi criado com patrimônio de R$ 100 milhões, dos quais o BNDES se comprometeu com 80% e o BNB com 20%. As integralizações de capital são feitas à medida que o fundo investe nas empresas. BNDES e BNB já aportaram R$ 70 milhões no fundo que criou uma rede de atuação regional em sete Estados. Em 2013, o BNDES planeja lançar o Criatec III.

O Criatec I montou um portfólio com 36 empresas que receberam aportes de até R$ 1,5 milhão cada uma, em uma primeira rodada. Houve aportes adicionais entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões em dez empresas e uma terceira rodada de investimentos ainda poderá ser feita. A participação do Criatec nas empresas será vendida quando o fundo for encerrado em prazo de dez anos, a contar de sua constituição. A carteira inclui empresas de agronegócio, saúde humana, biotecnologia, robótica e equipamentos médicos, entre outros setores.

Spata disse que a ideia é criar condições para lançar as empresas no mercado de capitais. "É uma carteira bastante inovadora." Segundo ele, as empresas da carteira depositaram, até 2010, 19 patentes. Uma delas foi concedida. No período, foram lançados 250 produtos no mercado. Das 36 empresas do Criatec I, seis contam com investidores-anjo, pessoas físicas dispostas a correr mais risco nos projetos. Uma das empresas apoiadas foi a catarinense Cianet, que faz produtos para banda larga. Em 2008, a empresa faturava R$ 3,5 milhões, número que deve chegar a R$ 20 milhões este ano, disse Spata.

Fonte: Valor Econômico / Abimaq

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Confiança da indústria sobe 1,5% em agosto, aponta FGV


O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da Sondagem da Indústria de agosto apontou um aumento de 1,5% ante julho, atingindo 104,2 pontos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Depois de duas quedas seguidas, o resultado ficou no maior patamar desde julho de 2011, embora ainda continue inferior à média recente, de 105,5 pontos.

A prévia de agosto mostra que o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 3,1%, atingindo 105,8 pontos, o maior nível desde julho de 2011. Já o Índice de Expectativas (IE) ficou praticamente estável, ao recuar 0,2%, para 102,6 pontos.

Fonte: O Estado de São Paulo / Abimaq

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Abimaq apoia exportação de máquinas e equipamentos agrícolas


Cerca de US$ 14 bilhões anuais são gastos pelos principais países da América do Sul, com a importação de máquinas e equipamentos de outros continentes. De olho neste mercado, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ/RS), definiu a região como sua prioridade para as ações do Programa Brazil Machinery Solutions, tendo como foco principal a Argentina, Chile, Peru e Colômbia, que conta com o apoio da APEX.

O diretor executivo de Mercado Externo da ABIMAQ, Klaus Curt Müller, explicou que o projeto vem sendo desenvolvido há mais de dez anos mas que agora ingressa em um novo patamar, caracterizado pela prévia consulta das demandas das empresas para o seu aprimoramento, através de uma agenda nacional, que no caso do Rio Grande do Sul, teve início na última terça-feira (14) em Porto Alegre, tendo continuidade nesta quarta-feira (15) em Caxias do Sul e nesta quinta-feira (16) em Passo Fundo.

O Rio Grande do Sul concentra o segundo polo produtor de bens de capital do País, com destaque para máquinas e equipamentos industriais, além de implementos agrícolas. O dirigente salientou que o Programa tem como objetivo divulgar e alavancar as exportações brasileiras de máquinas e equipamentos, tendo como foco os mercados da América do Sul, num primeiro momento, além de numa segunda etapa, os países africanos. A prioridade para os países latinoamericanos deve-se à proximidade geográfica, o que também facilita o quesito pós-venda. O apoio subsidiado proporcionado pelo programa inclui participação em feiras e exposições no exterior, missões comerciais, rodadas de negócios e divulgação da imagem da indústria brasileira fabricante de bens de capital junto aos mercados. 

Fonte: Portal Agro Notícias, Portal Agro Link, Portal Infomet - Abimaq

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

BC diz que economia terá crescimento "mais forte" no 2º semestre


O diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, afirmou nesta quinta-feira, em São Paulo, que a economia brasileira deve retomar o crescimento no segundo semestre deste ano e que a inflação "convergirá para a meta". 

Em evento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais), Mendes citou relatórios divulgados na semana passada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo Banco Mundial. 

Segundo Mendes, os relatórios apresentaram aspectos positivos sobre a economia e o sistema financeiro brasileiros e "corroboram a visão do Banco Central sobre o crescimento mais forte do país neste semestre". 

"O país está bem preparado para atravessar a nova fase da crise mundial graças às reservas internacionais e à liquidez elevada de seu mercado doméstico", disse o diretor do BC. 

Mendes afirmou também que prevê uma expansão do crédito moderada nas próximos anos, em comparação com os anos anteriores. 

Em conjunto com os juros baixos e a redução do "spread" bancário (diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o quanto cobram dos clientes), isso criará, segundo ele, o acirramento da competição entre as instituições financeiras. 

Fonte: Folha de S. Paulo / ABIMAQ

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Presidente da Petrobrás defende a 'volta do etanol'

A solução para o crescente aumento da importação de gasolina está na retomada da produção de etanol no Brasil, declarou ontem a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster. Segundo a executiva, o atual plano de investimentos da estatal não prevê nenhuma nova unidade para aumentar a oferta de gasolina no curto prazo nem contempla a mudança no perfil das refinarias em execução - cuja capacidade estará mais voltada para produção de diesel.

"Sou meio rígida nas questões de mudanças de escopo de projetos. Se fizermos isso agora, teremos mais atraso nas refinarias que tanto precisamos. A forma mais rápida para resolver o problema é a volta do etanol", defendeu Graça, após evento realizado ontem, em São Paulo, pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

A executiva destacou que todo planejamento da Petrobrás foi feito em cima de um cenário que previa a expansão da produção de etanol no Brasil, o que não ocorreu. Mas ela se mostrou confiante em relação ao futuro: "Há uma expectativa de aumento na oferta do biocombustível a partir do ano que vem. Em 2014, estaria regularizado".

O cenário otimista de Graça, porém, não é compartilhado pela maioria da indústria de etanol, que reivindica o aumento do preço da gasolina. Na avaliação dos usineiros, essa é a única maneira para compensar a escalada do custo de produção e devolver a competitividade do biocombustível no mercado nacional.

Graça disse que tem trabalhado forte para que o etanol volte e acredita que governo e produtores conseguirão, em breve, encontrar uma saída para o problema. "O etanol tem a cara do Brasil. A retomada do setor é para o bem do biocombustível e para o bem dos hidrocarbonetos", disse Graça.

Uma das alternativas levantadas pelo Ministério de Minas e Energia é a elevação da mistura de etanol na gasolina, de 20% para 25%. Mas hoje, se essa mudança ocorrer, o País terá de importar etanol dos Estados Unidos para atender à demanda interna. Por enquanto, o governo não dá sinais de que está disposto a elevar os preços para dar competitividade ao etanol e reforçar o caixa da Petrobrás.

Preço. A presidente da estatal afirmou que o assunto preço está sempre na pauta, mas, no momento, não há nenhuma negociação em curso com o governo para reajuste da gasolina. "É claro que, como produtor, quero volume de venda e preço. Mas nossa política é de longo prazo." Isso significa que a empresa continuará mantendo a posição de adequar os preços internos da gasolina e diesel às tendências do mercado internacional, e não a variações pontuais.

Graça observou que é dever da Petrobrás mostrar a situação financeira da empresa para o acionista controlador, que é a União. Mas ela fez questão de ressaltar que os preços não tiveram peso muito grande no resultado trimestral da companhia - a estatal teve prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre do ano. "Não está entre os cinco fatores que mais impactaram o resultado, como é o caso do câmbio, da produção menor e a perda de eficiência operacional."

A executiva destacou que a Petrobrás prepara um plano de redução de custos operacionais, que deve priorizar uma melhor eficiência da empresa. Com isso, uma das melhorias esperadas pela companhia é o melhor gerenciamento das paradas das unidades de produção.

"Falamos em melhoria de eficiência operacional para que não tenhamos paradas não programadas", afirmou Graça Foster. "Paradas programadas não nos preocupam. Está na conta."

Fonte: O Estado de S. Paulo/Abimaq

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ICMS unificado beneficiaria 20 Estados

Estudo feito pelo Ministério da Fazenda mostra que 20 dos 27 Estados (incluindo o Distrito Federal) ganharão com a unificação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 4%. Nas projeções da Fazenda, até mesmo São Paulo, o maior exportador do país, ganhará com a mudança. Também Minas Gerais e o Rio de Janeiro serão ganhadores. Os Estados perdedores serão Amazonas, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Para que a mudança possa ocorrer, a União terá que arcar com as perdas desses sete Estados durante a transição, que pode durar até oito anos. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse, no entanto, que a União não aceita compensar integral e permanentemente essas perdas, inclusive porque parte dos prejuízos que o estudo aponta não é real, pois ele não considerou os benefícios tributários concedidos.

Se a transição para a alíquota interestadual de 4% for de oito anos, o estudo do Ministério da Fazenda estima uma perda de R$ 2,1 bilhões no primeiro ano. Essa perda aumenta ao longo do tempo, chegando a cerca de R$ 13 bilhões no último ano de transição. Barbosa observou que o estudo foi elaborado antes da aprovação da resolução do Senado que unificou em 4% a alíquota interestadual aplicada aos produtos importados, o que acabou com a chamada guerra dos portos. O governo federal já está compensando os Estados que perderam com essa mudança, o que altera o cálculo da perda total com a unificação da alíquota do ICMS em 4% para todos os produtos.

O secretário-executivo da Fazenda admitiu, no entanto, que ainda não há acordo em torno da unificação da alíquota interestadual do ICMS. Alguns Estados querem manter duas alíquota, de 4% e 7%. Atualmente, elas são de 7% e 12%. Para tornar possível um acordo, o governo sugere que a unificação da alíquota em 4% seja feita em quatro anos para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e os Estados do Sul e em oito anos para os Estados no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Espírito Santo.

Barbosa admitiu que o espaço fiscal para a União arcar com a transição é pequeno, neste momento em que o Orçamento de 2013 está sendo definido. Ele acredita que o problema pode ser minimizado com o prazo maior para a transição.

Em evento em São Paulo, o coordenador do Confaz, Cláudio Trinchão, disse que, apesar de já terem sido feitas 13 reuniões sobre o assunto, vai demorar até que os Estados cheguem a uma decisão unânime sobre a unificação das alíquotas de ICMS.

Fonte: Valor Econômico - Abimaq