sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Exportações de máquinas e equipamento somaram US$ 8,2 milhões no acumulado do ano


Em dólares, as exportações acumuladas de máquinas e equipamentos no ano chegaram a US$ 8.248 milhões, um crescimento de 10% em relação a igual período do ano passado. O resultado foi alavancado pelos setores de máquinas para indústria de transformação (crescimento de 48,7%), e de máquinas para logística e construção civil, que teve elevação de 15,7% no faturamento.

O faturamento total da indústria de máquinas e equipamentos atingiu R$ 53,6 bilhões, no acumulado de janeiro a agosto, crescimento de 0,3% em relação ao mesmo período no ano passado. Em agosto, o faturamento foi 6,8 bilhões, 2,1% a mais do que o registrado em julho, mas 6,6% menor quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

As importações acumuladas de janeiro a agosto totalizaram US$ 20,01 bilhões, uma elevação de 1,9% em relação a igual período do ano anterior. O resultado levou ao recuo de 3,1% do déficit da balança, a primeira redução do déficit da balança comercial no ano, a qual já acumula US$ 11.766 milhões. “É importante frisar a importância do câmbio para esse resultado”, destaca a entidade, em nota.

Fonte: Guia Marítimo, Portal CIESP Santos - Abimaq

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Governo faz reforço no capital da Caixa e do BB


Os empréstimos concedidos pela União à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil (BB) têm o objetivo de ampliar a capacidade de oferta de crédito e "garantir a continuidade do aumento de participação [dessas instituições]" no mercado, afirmou o Ministério da Fazenda em nota à imprensa.

Segundo medida provisória publicada na sexta-feira, a União dará crédito de até R$ 13 bilhões à Caixa e de R$ 8,1 bilhões ao BB. Os recursos serão um híbrido de capital e dívida e serão aptos a integrar o patrimônio de referência dos bancos, o que garante o aumento de suas carteiras de crédito.

O governo, porém, definiu o destino dos recursos. Na Caixa, R$ 3 bilhões destinam-se ao financiamento de material de construção e bens de consumo durável para pessoas físicas, R$ 3,8 bilhões são para projetos de infraestrutura e o restante é de uso livre. Já para o BB, os R$ 8,1 bilhões devem ser destinados à safra agrícola 2012/13.

Com a operação, o BB deve fortalecer seu índice de Basileia - que mede a capacidade de alavancagem das instituições financeiras - em até 1,2 ponto, calculam analistas do J. Safra. Dessa forma, o índice pode chegar a 15,4%, ante 14,2% no segundo trimestre. A operação também dará fôlego à Caixa, cujo índice de Basileia está em 12,7%, próximo do limite mínimo definido pelo Banco Central de 11%, segundo fonte ouvida pelo Valor.

Fonte: Valor Econômico /  Abimaq

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Novas medidas de estímulo


Governo estende desoneração da folha de pagamento para mais 25 setores. Também a partir de agora, empresas que comprarem em 2012 bens de capital fabricados no Brasil depreciarão esses produtos em cinco anos - até então, essa contabilidade era feita em dez anos

Para reduzir o custo da produção e estimular a queda dos preços no Brasil, o governo anunciou nesta quinta-feira duas medidas que devem dar mais fôlego ao setor privado para enfrentar a concorrência internacional. Empresas de 25 setores deixarão de recolher em 2013 a contribuição patronal ao INSS de 20% sobre a folha de salários. Em troca, pagarão uma contribuição de 1% ou 2% sobre o faturamento, o que significará queda na despesa com tributos. Além disso, as empresas que comprarem máquinas e equipamentos ainda neste ano receberão um incentivo tributário conhecido como depreciação acelerada. Considerando as medidas anunciadas nesta quinta-feira mais os 15 setores que já estão no sistema de desoneração da folha, o governo fará uma renúncia fiscal de R$ 14,2 bilhões no próximo ano. É quase todo o valor previsto (R$ 15,2 bilhões) na proposta orçamentária de 2013 para novas desonerações.

Apesar de estar perto do limite previsto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que virão novas medidas. O espaço fiscal para viabilizar essa política de redução tributária será aberto com o corte de gastos. "Posso adiantar que vamos continuar desonerando além dos valores aqui colocados", disse.

Em quatro anos (2013 2016), o governo estima que a desoneração da folha para os 40 setores beneficiados terá um custo de R$ 60 bilhões. Somente no ano que vem, estes segmentos pagariam R$ 21,57 bilhões em contribuição para o INSS. Com a mudança, pagarão R$ 8,74 bilhões sobre o faturamento. A diferença será coberta pelo Tesouro Nacional para evitar um rombo maior na Previdência. "É uma boa desoneração, que reduz o custo da mão de obra", destacou Mantega.

Parte da perda também será compensada com aumento de 1 ponto percentual da Cofins sobre a importação dos produtos semelhantes aos fabricados pelos setores beneficiados. O setor industrial é o mais beneficiado na nova rodada, com 20 segmentos. Foram incluídos também dois segmentos do setor de serviços e três do setor de transportes. Entre eles, estão papel e celulose, fármacos e medicamentos e transporte aéreo. 

Um dos resultados esperados pelo governo é o aumento da formalização do emprego. O ministro acredita que a medida também ajudará no esforço do Banco Central de trazer a inflação para o centro da meta, que é de 4,5%. Segundo Mantega, os setores envolvidos no benefício se comprometeram a repassar para os preços essa redução de custos. "São, de certa forma, obrigados a passar porque sofrem a concorrência de produtos importados", disse.

O ministro sinalizou também que o governo deve vetar a desoneração do PIS e Cofins da cesta básica, medida que foi incluída pelos parlamentares na MP 563. "Essa medida vai ser examinada e não temos posição em relação a ela", disse. No entanto, fez questão de destacar que os produtos da cesta básica no Brasil já são isentos do IPI, com exceção do açúcar.

Depreciação

Com grande dificuldade de recuperação e registrando mais demissões do que contratações este ano, o setor de máquinas e equipamentos obteve mais uma "mãozinha" do governo, que corre para tirar o setor do sufoco ainda nos últimos meses de 2012. A partir de agora, as empresas que comprarem bens de capital fabricados no Brasil depreciarão esses produtos em cinco anos até então, essa contabilidade era feita em dez anos. O benefício valerá apenas para quem se apressar e incrementar seu parque produtivo até 31 de dezembro.

A medida estimulará as empresas a antecipar suas compras, segundo Mantega. Como consequência, ele espera o aumento dos investimentos, que vêm sendo tratados pelo governo como a solução para o País resistir aos impactos da crise internacional e acelerar o crescimento econômico.

O benefício concedido nesta quinta-feira foi um pedido do setor. Funciona assim: quando uma empresa compra uma máquina, pode lançar, a cada ano, parte do preço desse bem como despesa em sua contabilidade. Com isso, diminui seu lucro e, consequentemente, o pagamento de tributos que incidem sobre o resultado. Genericamente, de acordo com Mantega, a fatia de depreciação por ano passará de 10% para 20% do valor do bem.

O governo abrirá mão de R$ 6,76 bilhões nesses cinco anos de depreciação. A expectativa é de que a parcela anual da renúncia fiscal ficará em R$ 1,37 bilhão, com exceção de 2017, quando será de R$ 1,26 bilhão. No fim de agosto, o ministro já tinha anunciado uma medida similar para empresas que comprarem caminhões e vagões e que poderão acelerar a contabilidade nos mesmos moldes até o fim de 2012, só que de quatro para um ano.

O setor de máquinas e equipamentos tem recebido atenção especial do governo. Além da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), foi beneficiado com juro real negativo (alíquota de 2,5% ao ano) para linhas de crédito voltadas para investimento. Além disso, foi contemplado com a ampliação dos setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos.

Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Livaldo Aguiar, o conjunto de medidas adotadas terá resultado no médio prazo, apenas a partir de 2013. "No curtíssimo prazo é difícil", previu. O que o setor espera agora do governo são mudanças estruturais, como a reforma tributária. "O dólar em R$ 2,00 também é importante, mas ainda nos faz sofrer um pouco. Algo em torno de R$ 2,50 seria bem melhor", sugeriu.
Fonte: Diário do Commércio – RJ, Linear Clipping - Abimaq

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Abimaq: redução na energia dá competitividade ao cliente

Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) avalia que o maior impacto no setor a partir da redução de até 28% no preço da energia elétrica será indireto. Segundo a Abimaq, os benefícios para as companhias virão da redução equivalente da carga tributária sobre a energia e ainda do aumento da competitividade dos clientes que compram as máquinas das indústrias associadas.


"O setor de máquinas e equipamentos não é intensivo em energia, mas essa energia tem uma carga tributária, principalmente do ICMS, pesadíssima, que irá recuar com a baixa dos preços", disse Lourival Júnior, chefe de gabinete da Abimaq. "Além disso, o cliente do setor, esse sim com uso intensivo, ficará mais competitivo", completou.

Para o executivo, de um modo geral a baixa na energia elétrica é necessária e se junta às medidas já anunciadas pelo governo de redução no chamado "Custo Brasil", como a desoneração da folha de pagamento e a baixa dos juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para 2,5% ao ano.

"Outra medida importante foi o aumento do imposto de importação; no entanto houve um equívoco do governo que elevou a alíquota para o aço inoxidável para 25% e tornou essa alíquota da matéria prima maior que a do produto acabado, que é de 12% para as máquinas", criticou Lourival Júnior. 



Fonte: O Estado de S. Paulo, Diário do Grande ABC, Estado de Minas, IstoÉ Dinheiro, Iberoamérica, Portos e Navios, Portal A Tarde, Ecofinanças, Folha Vitória, Portal do Holanda, Yahoo, Gloog, Gazeta Online, Limão - Abimaq

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Produtor investe mais em máquinas


As vendas de máquinas e implementos agrícolas em Goiás cresceram entre 15% a 18% no primeiro semestre deste ano, segundo o presidente da Comissão de Cereais Fibras e Oleaginosas da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Flávio Faedo. A média, segundo Faedo, supera o crescimento nacional, estimado entre 10% e 15%, divulgado pela Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O dólar, que permaneceu em baixa nos primeiros meses do ano, a alta das commodities agrícolas, somados ao acesso mais facilitado a linhas de financiamento, favoreceram o investimento em máquinas e tecnologias pelas atividades agrícolas.

Em Goiás, o bom rendimento nas lavouras, em especial as de milho e soja, favoreceu para que o produtor investisse em máquinas mais modernas como tratores, colheitadeiras e plantadeiras. “O que motiva o produtor é o lucro na atividade que tem mantido margens razoáveis nos últimos três anos”, diz Faedo.

Com mais facilidade o produtor tem substituído máquinas antigas e sucateadas por equipamentos modernos e com mais tecnologia agregada. O fato, como explica Faedo, favorece tanto na agilidade do plantio e colheita quanto no aumento da produtividade. “O resultado com o investimento em tecnologia é o ganho de produtividade”, explica.

No País, apenas em julho, foram vendidas mais de seis mil máquinas, o que representa um crescimento de 11%. A expectativa para o próximo semestre é de que as vendas de máquinas e implementos continuem em expansão. Um dos motivos para o crescimento está ligado à alta dos preços dos grãos. Outro indicativo positivo no setor é o nível de emprego, que vem em alta.

Segundo a CSMIA/Abimaq, a agropecuária brasileira carece de ganhos de produtividade para fazer frente à elevação dos custos de produção e também à escassez de mão de obra na atividade rural. Embora as vendas de máquinas registrem altas no semestre, houve recuos nos três últimos meses.

Fonte: Perfil Empresarial / Abimaq