terça-feira, 28 de maio de 2013

PIB do campo reage no primeiro bimestre

Puxado por bons desempenhos nos segmentos primário e de insumos, sobretudo nas atividades ligadas à pecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 1,17% no primeiro bimestre deste ano, de acordo com cálculos conjuntos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz".

No segmento de insumos, o crescimento no período foi calculado em 1,82%, favorecido sobretudo por combustíveis e rações; no primário, em 1,89% com destaque para o salto da pecuária (2,73%). O PIB das agroindústrias aumentou 0,46% no bimestre, enquanto o das atividades ligadas à distribuição dos produtos do setor subiu 0,88%. Com reflexos sobre toda a cadeia, a pecuária cresceu embalada por preços melhores nos mercados de frango e suínos e a agricultura (1,3%) sentiu os efeitos da recuperação da safra de grãos, mesmo que revisões para baixo na colheita esperada tenham provocado uma desaceleração em fevereiro.

Ainda assim, a CNA projeta um aumento de 8,42% para o volume total a ser produzido pelo conjunto das lavouras do país em 2013, e preços mais elevados. A entidade destacou suas projeções de aumentos expressivos para os valores brutos da produção de arroz, batata, feijão, fumo, mandioca, soja, tomate e trigo. Mas fez uma ressalva em relação ao arroz, já que o excesso de chuvas e as baixas temperaturas durante o desenvolvimento da safra gaúcha por comprometer os resultados inicialmente esperados.

Fonte: Valor Econômico / Abimaq

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Confiança da indústria sobe 1,1% em maio, indica prévia da FGV


Os empresários da indústria estão mais otimistas em maio, com avaliações mais positivas a respeito do cenário atual, embora sigam temerosos com o futuro, de acordo com o resultado preliminar da pesquisa “Sondagem da Indústria de Transformação”, divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança da Indústria cresceu 1,1% na leitura preliminar de maio, ante o resultado final de abril. Essa alta foi puxada pelo Índice da Situação Atual (ISA), que avançou 2,8% na prévia (após três quedas consecutivas), para 106,4 pontos, o maior nível desde janeiro. Já o Índice de Expectativas (IE) registrou queda de 0,6%, ao passar para 104,3 pontos, menor nível desde novembro do ano passado. Esse indicador cedeu pelo terceiro mês consecutivo.

A FGV avaliou que o resultado preliminar da Sondagem mostra um cenário mais positivo também porque aumentou o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria, de 84,2% no final de abril, para 84,6% na prévia de maio. É o maior nível desde janeiro de 2011, quando marcou 84,7%.

“A melhora da percepção sobre o presente combinada ao avanço do Nuci sugere aceleração do ritmo de atividade do setor no mês”, diz a FGV, em nota.

Para a prévia dos resultados da Sondagem foram consultadas 805 empresas entre os dias 2 e 16 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado em 28 de maio.

Fonte: Valor Econômico/Abimaq

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Valor da produção agrícola tende a bater recorde no país em 2013


O Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais culturas agrícolas do país tende a alcançar o recorde de R$ 271,084 bilhões em 2013, segundo estimativa concluída ontem pelo Ministério da Agricultura. Em relação à projeção divulgada em março, o novo número é 0,3% superior. Na comparação com o cálculo para 2012, o crescimento chega a 10,2%.

O avanço previsto é influenciado principalmente pelo aumento da colheita de grãos, das boas perspectivas para a produção de cana e de uma controversa previsão de recuperação no mercado de laranja. O VBP mensura a renda dos produtores “da porteira para dentro”.

Cultura de maior VBP do país há mais de uma década, a soja tende a ampliar sua liderança nesse ranking em 2013. O montante previsto para a oleaginosa neste ano chega a R$ 80,507 bilhões, 18,3% mais que em 2012, em virtude da recuperação da produção depois da seca que derrubou a colheita na região Sul no ciclo 2011/12. Nesta safra 2012/13, que está em fase final de colheita, a produção deverá bater um novo recorde histórico.

A cana aparece em segundo lugar no ranking do ministério, com VBP projetado em R$ 47,809 bilhões em 2013, 9,7% mais que no ano passado, já que as perspectivas para a produção também são positivas. Com mais uma supersafra em andamento, o milho vem em terceiro lugar, com R$ 36,857 bilhões, um crescimento de 11,9% sobre 2012.

Assim, as três culturas de maior VBP do país tendem a responder por 60,9% do total previsto para o ano, ante 58,7% no ano passado. A participação da soja deverá crescer de 27,6% do total para 29,7%.

Outro destaque do ranking é o tomate. Depois da queda da oferta, provocada por preços baixos no ano passado e adversidades climáticas, os preços dispararam e o VBP da cultura deverá atingir R$ 10,721 bilhões, 76,2% mais que em 2012.

Se confirmada a projeção, o tomate perderá apenas para soja, cana, milho, laranja (R$ 17,968 bilhões) e café em grão (R$ 15,019 bilhões) no ranking das maiores culturas em VBP do ministério. Mas vai superar banana (R$ 10,076 bilhões), feijão (R$ 8,726 bilhões), algodão (R$ 8,017 bilhões), arroz em casca (R$ 7,844 bilhões) e fumo em folha (R$ 6,445 bilhões), que nos últimos anos registraram valores da produção maiores que o da hortaliça.

E mesmo a diferença em relação ao VBP da laranja poderá recuar nas próximas estimativas do ministérios, uma vez que a produção prevista pelo governo para São Paulo e Triângulo Mineiro, que abastecem as grandes indústrias de suco, é muito superior às estimativas privadas, e fontes do segmento acreditam que, com o andamento da colheita, os números oficiais vão encolher.

Na divisão do VBP por regiões do país, o Sudeste, puxado pela cana paulista, tende a manter sua liderança, com R$ 79,21 bilhões em 2013, 13,9% mais que no ano passado. Sul e Centro-Oeste aparecem em seguida (ver infográfico).

Conforme o Ministério da Agricultura, VBP das 20 principais culturas do país alcançará R$ 271,1 bilhões em 2013, 10,2% mais que em 2012.

Fonte: Valor Econômico/Abimaq

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Produção industrial tem maior alta desde julho de 2011 na zona do euro


A produção industrial da zona do euro cresceu 1,0% em março na comparação com fevereiro, a maior alta desde julho de 2011. Na comparação com março do ano passado a indústria da região encolheu 1,7%, a menor contração desde agosto.

No primeiro trimestre deste ano, a produção industrial da zona do euro aumentou 0,3%, após ter recuado 2,1% no quarto trimestre do ano passado.

Os números divulgados pela Eurostat, a agência de estatísticas da região, mostram uma forte alta da produção de energia em março, bem como um aumento da produção de bens de capital e de bens de consumo duráveis.

Os dados também vieram mais fortes que as previsões de economistas, que eram de alta de entre 0,4% e 0,5% em março ante fevereiro.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Agrishow 2013 supera expectativas


Uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, a Agrishow superou em 4% a expectativa de faturamento e divulgou, poucas horas antes do seu encerramento nesta sexta-feira (3) em Ribeirão Preto (SP), uma movimentação de R$ 2,6 bilhões em negócios – o esperado eram R$ 2,5 bilhões. O número é 16% superior ao da edição do ano passado - que alcançou R$ 2,15 bilhões.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan, a movimentação financeira em negócios da feira deve ser ainda maior, porque muitas vendas iniciadas no evento serão concluídas nos próximos dias.

“Tem muita coisa feita através de revendedor, o agricultor veio, tomou preço e vai decidir daqui a uma semana. Então, nos próximos 30 dias nós ainda vamos colher frutos da Agrishow”, concluiu o vice-presidente da Abimaq, que destacou o setor de máquinas pulverizadoras e plantadeiras como os de grande destaque nesta edição da feira.

O público deste ano foi o mesmo de 2012. Cerca de 150 mil pessoas passaram pela Fazenda Tecnológica – local que abriga a Agrishow – nos cinco dias de evento, sendo 35 mil só no feriado de 1º de maio – Dia do Trabalho. O recorde de bilheteria gerou superlotação nos estacionamentos e filas de ao menos dois quilômetros em cada um dos sentidos da Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (SP-322), principal acesso à feira.

“A Abimaq e os associados vão investir nos próximos anos R$ 15 milhões justamente prevendo essa parte de estacionamento. Hoje nós temos na feira 790 expositores e 15 quilômetros de ruas e avenidas. Dia 1º [de maio] houve uma concentração muito grande de visitantes, extrapolou todos os dias. Isso saiu um pouco da estrutura, mas está sendo prevista uma ampliação de toda essa infraestrutura”, disse Marchesan.

Segundo ele, o fato de a feira ficar mais 30 anos no mesmo local em Ribeirão Preto – garantido por um decreto do governo estadual – dá segurança para que a organização invista em melhorias.

Negócios

Se a estrutura foi alvo de críticas, os negócios da 20ª edição da Agrishow foram comemorados pelos expositores. Segundo Cesar Di Luca, diretor comercial de uma empresa com linhas de tratores e colheitadeiras de cana sediada em Sorocaba (SP), o evento é responsável por até 20% de todo o faturamento anual da companhia. Neste ano, as vendas nos cinco dias de feira foram 30% maiores em relação a 2012.

“Todas as empresas preferem a Agrishow para fazer os lançamentos, então os clientes esperam para ver o que tem. Isso junto com as condições [de preço] que nós costumamos fazer”, conclui.

O gerente comercial Flávio Trezza de uma empresa de plantadeiras com sede em Batatais (SP) disse que vendeu 20% a mais na edição deste ano da Agrishow em relação ao ano passado. “É a principal feira para a gente. A Agrishow continua sendo a feira que mais atrai pessoas de todas as regiões. O cliente busca tecnologia, ele quer produtos que o ajudem, que aumentem a produtividade”, conclui.

Feira para todos os tamanhos

Não é só de grandes compradores que é feita a Agrishow. Os agricultores de pequenas e médias propriedades também marcaram presença. A Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) dobrou o faturamento de vendas em relação ao ano passado - foram R$ 250 milhões. O estande - que cresceu 500 metros em 2013, indo para 3,5 mil metros, comercializa máquinas, implementos, insumos e tem uma loja com itens para o campo.

"Ele [o cooperado] espera porque aqui na Agrishow ele consegue um preço menor. A cooperativa negocia com seus parceiros e traz para os produtores condições e formas de pagamento melhores", relatou a assessora de imprensa da Coopercitrus, Maria Dolores Figols. Segundo ela, 18 mil convites da feira foram entregues aos cooperados, que ainda contaram com 60 ônibus para realizar o transporte de várias regiões de São Paulo e do Triângulo Mineiro ao evento.

A Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) registrou um aumento de 10% de público durante a feira, segundo o responsável pelo estande, Flavio Cesar Oatino. Ele diz que, nesta edição, o que chamou a atenção foram as visitas de africanos, mexicanos e bolivianos. "Este ano a gente atendeu muitos estrangeiros que vieram buscar informações sobre cooperativismo para levar para lá", afirmou.

Fonte: Portal G1, Portal Falando de Feiras/Abimaq