quinta-feira, 24 de maio de 2012

Governo vai estimular nacionalização de máquinas

Segundo notícia publicada pelo “O Estado de São Paulo”, o governo estaria estudando a criação de estímulos à indústria de bens de capital para produzir no Brasil máquinas e equipamentos que atualmente são importados. O projeto de desenvolvimento da produção nacional - como está sendo chamado pelo governo - está sendo costurado em conjunto com a Abimaq e a Abinee.

De acordo com o jornal, a lista dos produtos - que está sendo feita com base nos pedidos repetitivos de ex-tarifários - deve estar fechada em 60 dias. Os incentivos ainda serão definidos, mas já está certa a participação do BNDES como financiador dos projetos. O governo não descarta a redução de tributos para estimular a fabricação local.

O coordenador-geral das Indústrias de Bens de Capital do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ronaldo Melo, disse ao “O Estado de São Paulo” que a relação de produtos e os estímulos à produção local serão discutidos no Conselho de Competitividade de Bens de Capital, instalado no mês passado dentro das medidas da segunda fase do Plano Brasil Maior.

Fonte: O Estado de S. Paulo, Portal Revista Fundações
Fonte: Abimaq

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Governo corta IOF e reduz a zero juro real de máquinas

Em mais uma tentativa para evitar um fraco desempenho da economia, estimular o consumo e reverter investimentos em baixa, o governo anunciou ontem novo pacote de medidas em que praticamente reduziu a zero o juro real dos financiamentos para aquisição de máquinas, equipamentos e projetos de obras, para os quais os custos das linhas caíram de 7,3% para 5,5% - a projeção de inflação nos próximos 12 meses é de 5,51%, segundo o boletim Focus. As operações de crédito ao consumidor tiveram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) reduzido de 2,5% para 1,5%.

A maior parte das medidas voltadas para o consumo visa desencalhar os estoques da indústria automobilística, de 43 dias em abril. Houve diminuição geral das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados para carros e demais veículos automotores. Para tornar possível a ampliação de crédito para a compra de veículos, o Banco Central fez redução direcionada de R$ 18 bilhões dos depósitos compulsórios dos bancos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que as medidas anunciadas ontem foram negociadas com empresários e banqueiros e que cada um fará sua parte: o governo cortará os tributos, a indústria automobilística reduzirá os preços dos veículos e os bancos se comprometeram a reduzir os juros dos empréstimos, aumentar o número de prestações e reduzir o valor da entrada.

O governo volta a usar o arsenal de medidas de estímulo usado com sucesso para enfrentar a crise de 2008. As condições econômicas, porém, mudaram, e sua eficácia tende a ser menor, segundo economistas. Um dos argumentos é que na época havia uma demanda reprimida por bens duráveis que foi parcialmente satisfeita nos últimos três anos. Outra diferença é que o comprometimento de renda das famílias aumentou e a capacidade de pagamento de dívidas diminuiu. O resultado foi o aumento da inadimplência.

O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco Cappi, não confere grande importância a esses obstáculos. "Com desoneração fiscal e redução do tamanho das prestações haverá um alívio", disse. Para ele, a inadimplência terá uma redução forte no segundo semestre. "A renda mínima necessária para um financiamento vai cair, porque a prestação agora pode ficar mais baixa", diz Décio Carbonari, presidente do banco Volkswagen.

Fonte: Valor Econômico
Fonte: Abimaq

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mantega reitera que dólar alto beneficia economia

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou na segunda-feira,14, que a alta do dólar frente ao real beneficia a economia do País e, por isso, não preocupa o governo. Ele já havia destacado a importância da valorização da moeda norte-americana para a indústria nacional no final da semana passada.

"O dólar alto beneficia a economia brasileira, porque dá mais competitividade para os produtos brasileiros. Significa que a indústria brasileira pode competir melhor com os importados, que ficam mais caros, e pode exportar mais barato. Portanto, não preocupa", disse Mantega a jornalistas, ao chegar à sede do ministério, em Brasília.

Ao ser perguntado sobre o fato de o dólar estar acima de R$ 1,80, patamar que já foi considerado bom pelo governo, o ministro afirmou que o governo nunca estabeleceu qualquer parâmetro para o dólar e nem vai estabelecer. "O dólar é flutuante, portanto, vai flutuar de acordo com o mercado."

Nesta manhã, na cotação máxima do mercado à vista, o dólar chegou a subir 1,79% em relação à sexta-feira, para R$ 1,987.

Fonte: Abimaq

terça-feira, 8 de maio de 2012

PIB brasileiro pode crescer só 3% este ano

BRASÍLIA. Ao mexer na remuneração da caderneta de poupança, a presidente Dilma Rousseff pode ter tirado o maior entrave que existia para a queda das taxas de juros no Brasil. A estratégia, no entanto, não será suficiente para fazer a economia crescer os 4,5% que Dilma quer este ano. Mesmo que agora o Banco Central (BC) possa reduzir a taxa básica de juros da economia para um percentual inferior a 8,5% - patamar fixado como limite para as mudanças na correção da caderneta- o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não terá uma alta maior que 3% ou 3,5% em 2012, avaliam técnicos do governo.

- Taxa de crescimento do ano já está dada - diz uma fonte.

Os reflexos da queda dos juros na economia só aparecem num prazo mais longo, em torno de 12 meses. Mesmo assim, a presidente continua pressionando sua equipe a trabalhar para incentivar a atividade por meio do aumento da oferta de crédito e do consumo.

Por isso, a equipe econômica tem como missão levar adiante uma agenda para estimular a renegociação de financiamentos de clientes com bancos (inclusive em contratos habitacionais) de forma que esses empréstimos se tornem mais baratos.

O governo pode criar uma espécie de ranking de juros e de tarifas que permita aos clientes monitorarem constantemente onde buscar melhores condições para seu financiamento. Também pode passar permitir a cobrança de algum pedágio de quem quiser migrar seu contrato de instituição, especialmente se ele estiver no início do prazo.

O governo também continua cobrando das instituições privadas a redução do spread (diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro e o que ele cobra do cliente) e estudando medidas que permitam essa queda, como ajustes na implementação do cadastro positivo. Nesse caso, os técnicos avaliam, por exemplo, a possibilidade de permitir uma única autorização do correntista para o uso das informações do banco de dados.

Outra proposta é a facilitar a renegociação de dívidas atrasadas, com o parcelamento dos impostos incidentes na operação. Hoje, essa possibilidade já existe para pessoas físicas, com dívidas abaixo de R$ 30 mil e crédito agrícola. A permissão para que pequenas e médias empresas possam oferecer recebíveis (contratos pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços) como garantias de crédito também são propostas que têm o aval da área técnica.

A equipe econômica defende essa agenda para que a presidente consiga terminar o mandato com uma taxa de crescimento de 5%. As ações são todas para que os juros continuem caindo. Na avaliação de uma fonte, as mudanças na poupança vão permitir que "a Selic caia de elevador".

De acordo com o relatório de conjuntura da consultoria LCA, a economia brasileira deve crescer apenas 0,5% no primeiro trimestre de 2012 em relação aos três meses anteriores. Mas para chegar aos 4,5% desejados, o número deveria estar acima de 1%. Segundo a LCA, a partir do segundo semestre, a atividade "deverá apresentar recuperação mais consistente (ainda que gradual), sobretudo quando se fizerem sentir plenamente os efeitos sobre a atividade econômica da redução acumulada da Selic".

Também contribuirão para esse quadro, a desvalorização da taxa de câmbio doméstica e também os incentivos concedidos pela segunda etapa do programa Brasil Maior. Entre eles, está a desoneração da folha de pagamento de 14 setores da indústria.

Fonte: O Globo, Portal Yahoo)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Presidente da Agrishow quer exportar edições da feira para África e Ásia

Maurílio Biagi anunciou pretensão na abertura da feira em Ribeirão Preto.
Em coletiva, organização disse que espera movimentar R$ 2 bi em negócios.

Agrishow começa embaixo de chuva em Ribeirão Preto, SP (Foto: Leandro Mata/G1)Agrishow começa embaixo de chuva em Ribeirão
Preto, SP (Foto: Leandro Mata/G1)
O presidente da 19ª Agrishow, Maurílio Biagi, afirmou que tem interesse em levar edições do evento para países africanos e asiáticos. O anúncio foi feito durante a abertura da feira nesta segunda-feira (30) em Ribeirão Preto(SP). Segundo ele, as medidas para tornar isso uma realidade estão sendo discutidas com parceiros.
Durante a coletiva, o presidente da Câmara Setorial de Maquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Celso Casale, também afirmou que o objetivo é aproximar os fabricantes brasileiros dos produtores africanos pela semelhança climática. “Nós temos um clima parecido, então a tecnologia da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] se aplica no continente africano”, disse.
Abimaq e Embrapa lançam nesta segunda-feira (30) um portal para divulgar a tecnologia agrícola produzida no Brasil para o continente africano.
Otimismo 
A coletiva de abertura também foi marcada pelo otimismo do presidente da Agrishow, que afirmou esperar um faturamento maior do que o R$ 1,75 bilhão movimentado durante o evento do ano passado. “A agrishow é uma feira maior que a do ano passado, mas nós esperamos que o faturamento também seja maior que o do ano passado e tem tudo para ser”, disse Biagi.

O evento, que teve início nesta segunda-feira (30) e vai até a sexta-feira (4), espera movimentar R$ 2 bilhões em negócios, além de receber um público de 150 mil pessoas de todo o país e 50 países. São 786 expositores divulgando seus produtos em 210 mil m² de estandes. Na macroregião de Ribeirão Preto – formada por 92 municípios – serão injetados R$ 150 milhões no mercado durante o período e criados 20 mil empregos diretos e indiretos.

Maurílio Biagi também informou que, com a certeza da permanência da Agrishow em Ribeirão Preto pelos próximos 30 anos, serão feitos diversos investimentos em infraestrutura. “É um nonsense (sem sentido) todo ano ficar montando e desmontando toda essa estrutura. Não que não se irá desmontar, mas com 30 anos a gente pode investir em uma estrutura definitiva, inclusive aquelas empresas que vem aqui todo ano”, disse.

Segundo o presidente, algumas melhorias na infraestrutura realizadas este ano foram prejudicadas pela chuva, que só tem previsão de dar trégua na terça-feira (1º). “Nós fizemos uma série de melhorias que ficaram um pouco embaçadas por causa da chuva, mas desde pequeno eu aprendi que não se pode reclamar da chuva. Esta chuva que está atrapalhando a Agrishow vai ajudar muito a agricultor”, concluiu

Leandro MataDo G1 Ribeirão e Franca
Fonte: globo.com