terça-feira, 29 de outubro de 2013

Produção em 2012 somou R$ 204 bi, diz IBGE

O valor da produção agrícola brasileira somou R$ 204 bilhões em 2012, 4,3% mais que em 2011, segundo a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento abrange 64 culturas agrícolas produzidas em quase todos 5.565 municípios do país.

Apesar de a soja ter mantido a liderança do ranking, milho, feijão e algodão foram os produtos que mais contribuíram para o aumento registrado. Segundo o IBGE, nos casos de milho e feijão os avanços foram de 20,7%, enquanto o algodão registrou alta de 11,8%.

No caso do milho, o IBGE observou que em 2012 a colheita foi recorde (71,1 milhões de toneladas) e superou inclusive a da soja (65,9 milhões de toneladas), que mantinha a liderança na produção nacional de grãos desde 2002, mas cujas lavouras foram prejudicadas pelo clima ruim sobretudo na região Sul.

Outro fator importante para o crescimento do valor da produção do milho foi a seca que atingiu a safra dos EUA em meados do ano passado. O país, que lidera a produção global do cereal, teve forte quebra, por conta de uma severa estiagem, e as cotações dispararam no mercado internacional, uma conjunção que beneficiou as exportações do Brasil.

Mesmo com os problemas climáticos no Sul e o menor volume de produção, a soja permaneceu no topo da lista de culturas com maior valor da produção. Respondeu por 24,7% do valor total calculado pelo IBGE, seguida pela cana (19,8%) e pelo milho (13,2%). Entre os Estados de maiores valores da produção agrícola, São Paulo manteve a liderança, com 17,8% do total. Mato Grosso ficou em segundo lugar, com 12,8%.

A pesquisa do IBGE mostra ainda que São Desidério, na Bahia, superou a cidade de Sorriso, em Mato Grosso, e voltou a liderar o ranking dos municípios de maior valor de produção agrícola do país em 2012. No polo baiano o valor chegou a R$ 2,3 bilhões, 35,2% mais que em 2011. A cidade foi responsável por 12,4% da colheita brasileira de algodão e por 48,9% da produção baiana. O município também foi o 11º no ranking nacional da soja.

Em Sorriso, o valor da produção alcançou R$ 2,06 bilhões, 9,1% mais que em 2011. O município permaneceu como o maior produtor de soja e milho do país e foi responsável por 9,0% e 12,8% das respectivas colheitas em Mato Grosso.

Fonte: Valor Econômico/Abimaq

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

WAIG recebe certificado de Responsabilidade Social do CAMPL!

A Waig é uma empresa socialmente responsável, que emprega e dá oportunidade do primeiro emprego para os jovens da cidade, colaborando para o crescimento e desenvolvimento de Limeira. E, por isso, recebeu, nesse mês de Outubro, o Certificado de Responsabilidade Social do CAMPL - Centro de Aprendizado Metódico e Prático de Limeira.




quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Obama: negociação com Senado sobre impasse fiscal parece ter avançado

Em pleno feriado do Dia de Colombo, nos Estados Unidos, as bolsas americanas estão a todo vapor bem como as agendas do Congresso e da Casa Branca, dominadas pela solução do impasse sobre o teto da dívida do país, provocado pela discordância entre parlamentares democratas e republicanos sobre o assunto.

Caso não seja aprovada uma ampliação desse teto até quinta-feira, 17, os EUA não terão dinheiro para pagar os títulos da sua dívida e entrará em “default” (ou dará o calote) — situação que ocorreria pela primeira vez em 200 anos.

Durante um evento beneficente, nesta segunda, 14, em Washington, o presidente do país, o democrata Barack Obama, disse, a jornalistas, que as negociações com os republicanos pareciam ter avançado.

Congressistas de ambos os partidos passaram o fim de semana discutindo uma solução para o imbróglio, que já incomoda os mercados em todo o mundo. O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, disse, nesta manhã, estar bastante otimista sobre um acordo com a oposição sobre o teto da dívida.

Obama afirmou que poderá averiguar o quão avançadas estão realmente essas conversas, na reunião com os congressistas nesta tarde, na Sala Oval da Casa Branca. O vice-presidente, Joe Biden, também vai participar do encontro.

Fonte: Valor Econômico - Abimaq

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

NOVO EMISSOR DO CARTÃO BNDES

No dia 12/09, o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) passou a ser o sétimo agente financeiro emissor do Cartão BNDES. O BRDE é uma instituição financeira pública de fomento criada em 1961 pelos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.



O Cartão BNDES BRDE será emitido com a bandeira Cabal Brasil. Esse novo emissor poderão realizar compras nos estabelecimentos afiliados à Cabal Brasil.

Com o Cartão BNDES, as micro, pequenas e médias empresas podem financiar investimentos produtivos com prestações fixas, prazo de pagamento de 3 até 48 meses, taxa de juros atrativa (0,86% ao mês em setembro/2013) e isenta de IOF. O limite de crédito pré-aprovado é de até R$ 1 milhão por banco emissor e não há cobrança de anuidade.

As operações são realizadas por meio do portal www.cartaobndes.gov.br, que disponibiliza cerca de 230 mil itens oferecidos por fornecedores credenciados.

Em todo o País, há mais de 604 mil Cartões BNDES, emitidos para 97% dos municípios brasileiros. De janeiro a setembro deste ano, o produto desembolsou R$ 7,2 bilhões e realizou 551 mil operações. Desde o lançamento há onze anos, são 2,43 milhões de operações somando desembolsos de aproximadamente R$ 34,7 bilhões.

Fonte: Abimaq

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Confira 5 dicas para o melhor desempenho de sua Máquina de Costura Portátil:

1) Antes de pôr a máquina em funcionamento, certifique-se de que a tensão elétrica é a mesma indicada na placa de identificação.

2) Com a máquina em funcionamento acione o botão lubrificador 5x a cada 20 minutos de trabalho.

3) Na hora de trocar a agulha consulte sempre o manual técnico na página 9 e certifique-se de que está colocando do lado correto para evitar danos.

4) Efetue a limpeza da máquina e suas partes internas com ar-comprimido ou pincel diariamente após o uso.

5) Nunca utilize gasolina ou agentes similares como solventes para a limpeza do equipamento.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Fabricantes de máquinas agrícolas criticam tributação do setor

A constatação é de um relatório elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entregue ontem, ao presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).

O diretor de Relações Institucionais da Abimaq, Márcio Ribaldo, explicou como o custo Brasil influencia o preço final dos produtos. "Um produto qualquer fabricado na Alemanha, se eu trouxesse essa fábrica para o Brasil, com os mesmos operários, com a mesma matéria-prima, com mesma produtividade, esse produto sairia 43,5% mais caro do que na Alemanha e do que nos Estados Unidos. Ou seja, o produto que eu venderia na Alemanha por 100 euros eu tenho que vender aqui no Brasil por 143,5 euros."

Tributação - Márcio Ribaldo apontou o sistema tributário brasileiro como um dos fatores que comprometem a competitividade e a eficiência do setor. "Eu não vejo, em nenhum lugar do mundo, a tributação no investimento. Você não vai tributar a árvore, e sim a maçã que vai colher da árvore. A máquina não deve ser tributada, porque ela é uma geradora de impostos, tem que ser tributado o produto que ela transforma."

O deputado Jerônimo Goergen vai agendar uma reunião dos integrantes da Comissão de Integração Nacional e dos empresários no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para discutir medidas que possam levar à redução do preço final dos produtos industrializados no País. O encontro está previsto para a primeira semana de julho.

Dentro de 20 dias, será divulgada uma segunda versão do documento Custo Brasil, da Abimaq.

Fonte: Portal do Agronegócio, Ecofinanças, Sistema FAMASUL, Blog Elena Santos/Abimaq

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sicredi prevê liberar R$ 7,6 bilhões em crédito rural na safra 2013/14

O Sicredi, instituição financeira cooperativa, informou que prevê liberar R$ 7,6 bilhões em crédito rural na safra 2013/14, que terá início em 1º de julho. A expectativa é que sejam efetivadas cerca de 165 mil operações. Se confirmadas as projeções, novos recordes serão alcançados.

Conforme o Sicredi, no ciclo 2012/13, que está na reta final, as liberações deverão totalizar R$ 6,3 bilhões, por meio de 155 mil financiamentos, com aumentos de 47% no volume de recursos e de 7% no número de operações em relação à temporada 2011/12.

Ainda segundo o Sicredi, do valor estimado para 2013/14, R$ 6,3 bilhões deverão ser direcionados a custeio, comercialização e investimento com linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e “voltadas aos demais produtores”. As operação com recursos do BNDES tendem a somar R$ 1,3 bilhão.

Fonte: Valor Econômico / Abimaq

segunda-feira, 10 de junho de 2013

BNDES: Desembolsos até abril sinalizam liberações acima de 2012

O fortalecimento dos investimentos na economia brasileira em 2013 pode conduzir a uma elevação de dois dígitos nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2013, em relação ao ano passado (R$ 156 bilhões). A avaliação partiu do superintendente da Área de Planejamento do banco, Claudio Leal.

Ele fez a observação ao comentar o desempenho do banco no primeiro quadrimestre do ano, que mostrou alta de 59% nas liberações ante igual período em 2012, totalizando R$ 54,4 bilhões. Para Leal, o banco tem todas as condições de manter trajetória de crescimento de dois dígitos até o fim do ano.

Para o superintendente, o desempenho do BNDES nos primeiros quatro meses de 2013 mostra “uma intenção de investimento mais disseminada”. Ele admitiu que as liberações foram beneficiadas por base de comparação baixa referente ao ano passado, quando a indústria, principalmente de bens de capital, mostrava resultados fracos de atividade.

“Mas temos um duplo movimento: um estatístico, de comparação com base mais fraca e outro real mesmo, associado à elevação da carga transportada, especificamente à carga agrícola”, disse, citando as liberações expressivas de crédito para material de transporte, que subiram 220% no primeiro quadrimestre ante igual período em 2012, para R$ 4 bilhões. Esse segmento impulsionou desembolsos da indústria – que foram o grande destaque do período, e subiram 113% de janeiro a abril, para R$ 20,2 bilhões.

Consultas de crédito

O superintendente minimizou o recuo, no primeiro quadrimestre, de 6% nas consultas de crédito – primeiro passo na procura por financiamento junto ao banco e “termômetro” para medir apetite de empresários por novos investimentos. O especialista explicou que o recuo foi afetado por fator pontual: uma consulta de R$ 9,2 bilhões para operação de limite de crédito à Petrobras, no primeiro quadrimestre do ano passado (a petroleira estava envolvida em operação de limite de crédito).

“Foi uma consulta muito grande, de porte”, disse, explicando que isso elevou fortemente a base de comparação de consultas referente ao ano passado. “Em 12 meses, as consultas crescem a ritmo de 42% até abril”, acrescentou.

Para ele, os dados de janeiro a abril mostram sinais ascendentes na procura por crédito por parte do empresariado. “Isso [o desempenho do primeiro quadrimestre] nos dá confiança para quase que afirmar que essa tendência tende a se materializar na frente. Não fechamos os dados de maio [de desembolsos], mas posso te antecipar que eles vêm fortes”, afirmou. “A tendência é de crescimento em todas as etapas de operação do banco”, concluiu.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dilma anuncia crédito de R$ 136 bilhões para agricultura empresarial

Montante foi anunciado nesta terça-feira no Palácio do Planalto.
Taxa anual média de juros do Plano Agrícola se mantém em 5,5%.

O governo federal lançou nesta terça-feira (4) o Plano Agrícola e Pecuário, que vai liberar R$ 136 bilhões para financiar a safra 2013/2014.

O plano, anunciado pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, abre crédito para agricultores de todo o país investirem na produção. O dinheiro pode ser usado, por exemplo, para compra de equipamentos agrícolas e melhoramento de infraestrutura nas propriedades rurais.

O crédito do governo terá uma taxa média de juros de 5,5%, a mesma do plano de 2012/2013. Algumas modalidades específicas, porém, tiveram redução: 3,5% para aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem; 4,5% para o médio produtor e 5% para práticas sustentáveis.

O valor de R$ 136 bilhões é 18% maior que o disponibilizado na safra passada, de R$ 115,2 bilhões. Do total, R$ 97,6 bilhões deverão ser usados para financiar os custos da produção e comercialização e o restante, R$ 38,4 bilhões, será destinado a programas de investimento.
Em seu discurso, durante lançamento do plano no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff destacou a participação do agronegócio no PIB brasileiro e disse que a agricultura, em 2013, terá um "crescimento excepcional".

"Na semana passada, quando o IBGE divulgou os resultado do PIB do primeiro trimestre de 2013, mais uma vez os números da agropecuária impressionaram. Permitam-me lembrar aqui: a agropecuária cresceu 17% em relação ao primeiro trimestre de 2012 e 9,7% frente ao quarto trimestre do ano passado [...] Não tenho dúvida de que a agricultura em 2013 terá um crescimento excepcional com grande aumento de produtividade", afirmou a presidente.

A presidente assegurou que não faltarão recursos para financiamento da agricultura, mesmo que os R$ 136 bilhões previstos sejam integralmente gastos.

“Se forem gastos em todas as áreas previstas, não faltarão recursos. Nós iremos complementar. R$ 136 bilhões é o que vocês têm colocado à disposição hoje. Gastem e terão mais porque não olhamos a agricultura como um problema, mas como uma solução, por isso que é: gastem e terão mais”, afirmou.

O agronegócio brasileiro, de acordo com Antônio Andrade, gera 35 milhões de empregos. “Esses números revelam a capacidade de resposta aos estímulos oficiais e de mercado”, disse. “O Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 é uma verdadeira revolução nos campos do Brasil, onde crescimento e sustentabilidade estão lado a lado gerando riquezas e competitividade”, afirmou.

Durante a cerimônia, o ministro destacou ainda a aprovação da MP dos Portos como um avanço para o setor agropecuário. Segundo ele, a medida, recém-aprovada pelo Congresso, vai “manter a liderança do Brasil no mercado internacional”.

“Nossos produtores sabem que têm no governo federal um forte aliado, por isso vejo como avanço extraordinário a aprovação da MP dos Portos pelo Congresso Nacional”.

Valores

O ministro destacou ainda os valores que serão disponibilizados para alguns setores específicos. O programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que incentiva práticas de agricultura sustentável,  teve acréscimo de 32% em volume de recursos do último plano para a safra deste ano e saltou de R$ 3,4 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

Já o limite de financiamento de custeio, por produtor, saltou de R$ 800 mil para R$ 1 milhão, e o limite para comercialização, de R$ 1,6 milhão para R$ 2 milhões.

O médio produtor terá acréscimo de 18% no volume para financiamento em custeio, comercialização e investimento. De acordo com Andrade, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural saltou de R$ 11,15 bilhões para R$ 13,2 bilhões nesta safra.

Armazéns

Uma das novidades do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, de acordo com o ministro Antônio Andrade, é o incentivo aos armazéns privados. O governo vai disponibilizar R$ 25 bilhões em cinco anos para financiar a construção de silos com o objetivo de melhorar as condições de armazenamento e de escoamento da produção.

Na safra 2013/2014, serão R$ 5 bilhões para esse fim. O agricultor terá prazo de até 15 anos para o pagamento, segundo o ministro.

O governo pretende ainda dobrar a capacidade de armazenagem da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que receberá R$ 500 milhões na próxima safra.



Fonte: globo.com

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Faturamento da indústria de máquinas sobe em abril

De acordo com informações da agência Reuters, a indústria de máquinas e equipamentos registrou um crescimento de 4,6% no faturamento bruto em abril, sobre igual mês de 2012, segundo dados da associação que representa o setor, Abimaq, que espera uma melhora no restante do ano, ainda que de forma cautelosa.
No mês passado, o faturamento também registrou crescimento de 4,2 por cento na comparação com março, mas ainda assim, no acumulado dos quatro primeiros meses do ano houve queda de 8,2 por cento, ante igual período de 2012, totalizando 23,832 bilhões de reais.

Fonte: Notícias da Pecuária / Abimaq

terça-feira, 28 de maio de 2013

PIB do campo reage no primeiro bimestre

Puxado por bons desempenhos nos segmentos primário e de insumos, sobretudo nas atividades ligadas à pecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 1,17% no primeiro bimestre deste ano, de acordo com cálculos conjuntos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz".

No segmento de insumos, o crescimento no período foi calculado em 1,82%, favorecido sobretudo por combustíveis e rações; no primário, em 1,89% com destaque para o salto da pecuária (2,73%). O PIB das agroindústrias aumentou 0,46% no bimestre, enquanto o das atividades ligadas à distribuição dos produtos do setor subiu 0,88%. Com reflexos sobre toda a cadeia, a pecuária cresceu embalada por preços melhores nos mercados de frango e suínos e a agricultura (1,3%) sentiu os efeitos da recuperação da safra de grãos, mesmo que revisões para baixo na colheita esperada tenham provocado uma desaceleração em fevereiro.

Ainda assim, a CNA projeta um aumento de 8,42% para o volume total a ser produzido pelo conjunto das lavouras do país em 2013, e preços mais elevados. A entidade destacou suas projeções de aumentos expressivos para os valores brutos da produção de arroz, batata, feijão, fumo, mandioca, soja, tomate e trigo. Mas fez uma ressalva em relação ao arroz, já que o excesso de chuvas e as baixas temperaturas durante o desenvolvimento da safra gaúcha por comprometer os resultados inicialmente esperados.

Fonte: Valor Econômico / Abimaq

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Confiança da indústria sobe 1,1% em maio, indica prévia da FGV


Os empresários da indústria estão mais otimistas em maio, com avaliações mais positivas a respeito do cenário atual, embora sigam temerosos com o futuro, de acordo com o resultado preliminar da pesquisa “Sondagem da Indústria de Transformação”, divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança da Indústria cresceu 1,1% na leitura preliminar de maio, ante o resultado final de abril. Essa alta foi puxada pelo Índice da Situação Atual (ISA), que avançou 2,8% na prévia (após três quedas consecutivas), para 106,4 pontos, o maior nível desde janeiro. Já o Índice de Expectativas (IE) registrou queda de 0,6%, ao passar para 104,3 pontos, menor nível desde novembro do ano passado. Esse indicador cedeu pelo terceiro mês consecutivo.

A FGV avaliou que o resultado preliminar da Sondagem mostra um cenário mais positivo também porque aumentou o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria, de 84,2% no final de abril, para 84,6% na prévia de maio. É o maior nível desde janeiro de 2011, quando marcou 84,7%.

“A melhora da percepção sobre o presente combinada ao avanço do Nuci sugere aceleração do ritmo de atividade do setor no mês”, diz a FGV, em nota.

Para a prévia dos resultados da Sondagem foram consultadas 805 empresas entre os dias 2 e 16 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado em 28 de maio.

Fonte: Valor Econômico/Abimaq

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Valor da produção agrícola tende a bater recorde no país em 2013


O Valor Bruto da Produção (VBP) das 20 principais culturas agrícolas do país tende a alcançar o recorde de R$ 271,084 bilhões em 2013, segundo estimativa concluída ontem pelo Ministério da Agricultura. Em relação à projeção divulgada em março, o novo número é 0,3% superior. Na comparação com o cálculo para 2012, o crescimento chega a 10,2%.

O avanço previsto é influenciado principalmente pelo aumento da colheita de grãos, das boas perspectivas para a produção de cana e de uma controversa previsão de recuperação no mercado de laranja. O VBP mensura a renda dos produtores “da porteira para dentro”.

Cultura de maior VBP do país há mais de uma década, a soja tende a ampliar sua liderança nesse ranking em 2013. O montante previsto para a oleaginosa neste ano chega a R$ 80,507 bilhões, 18,3% mais que em 2012, em virtude da recuperação da produção depois da seca que derrubou a colheita na região Sul no ciclo 2011/12. Nesta safra 2012/13, que está em fase final de colheita, a produção deverá bater um novo recorde histórico.

A cana aparece em segundo lugar no ranking do ministério, com VBP projetado em R$ 47,809 bilhões em 2013, 9,7% mais que no ano passado, já que as perspectivas para a produção também são positivas. Com mais uma supersafra em andamento, o milho vem em terceiro lugar, com R$ 36,857 bilhões, um crescimento de 11,9% sobre 2012.

Assim, as três culturas de maior VBP do país tendem a responder por 60,9% do total previsto para o ano, ante 58,7% no ano passado. A participação da soja deverá crescer de 27,6% do total para 29,7%.

Outro destaque do ranking é o tomate. Depois da queda da oferta, provocada por preços baixos no ano passado e adversidades climáticas, os preços dispararam e o VBP da cultura deverá atingir R$ 10,721 bilhões, 76,2% mais que em 2012.

Se confirmada a projeção, o tomate perderá apenas para soja, cana, milho, laranja (R$ 17,968 bilhões) e café em grão (R$ 15,019 bilhões) no ranking das maiores culturas em VBP do ministério. Mas vai superar banana (R$ 10,076 bilhões), feijão (R$ 8,726 bilhões), algodão (R$ 8,017 bilhões), arroz em casca (R$ 7,844 bilhões) e fumo em folha (R$ 6,445 bilhões), que nos últimos anos registraram valores da produção maiores que o da hortaliça.

E mesmo a diferença em relação ao VBP da laranja poderá recuar nas próximas estimativas do ministérios, uma vez que a produção prevista pelo governo para São Paulo e Triângulo Mineiro, que abastecem as grandes indústrias de suco, é muito superior às estimativas privadas, e fontes do segmento acreditam que, com o andamento da colheita, os números oficiais vão encolher.

Na divisão do VBP por regiões do país, o Sudeste, puxado pela cana paulista, tende a manter sua liderança, com R$ 79,21 bilhões em 2013, 13,9% mais que no ano passado. Sul e Centro-Oeste aparecem em seguida (ver infográfico).

Conforme o Ministério da Agricultura, VBP das 20 principais culturas do país alcançará R$ 271,1 bilhões em 2013, 10,2% mais que em 2012.

Fonte: Valor Econômico/Abimaq

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Produção industrial tem maior alta desde julho de 2011 na zona do euro


A produção industrial da zona do euro cresceu 1,0% em março na comparação com fevereiro, a maior alta desde julho de 2011. Na comparação com março do ano passado a indústria da região encolheu 1,7%, a menor contração desde agosto.

No primeiro trimestre deste ano, a produção industrial da zona do euro aumentou 0,3%, após ter recuado 2,1% no quarto trimestre do ano passado.

Os números divulgados pela Eurostat, a agência de estatísticas da região, mostram uma forte alta da produção de energia em março, bem como um aumento da produção de bens de capital e de bens de consumo duráveis.

Os dados também vieram mais fortes que as previsões de economistas, que eram de alta de entre 0,4% e 0,5% em março ante fevereiro.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Agrishow 2013 supera expectativas


Uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, a Agrishow superou em 4% a expectativa de faturamento e divulgou, poucas horas antes do seu encerramento nesta sexta-feira (3) em Ribeirão Preto (SP), uma movimentação de R$ 2,6 bilhões em negócios – o esperado eram R$ 2,5 bilhões. O número é 16% superior ao da edição do ano passado - que alcançou R$ 2,15 bilhões.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan, a movimentação financeira em negócios da feira deve ser ainda maior, porque muitas vendas iniciadas no evento serão concluídas nos próximos dias.

“Tem muita coisa feita através de revendedor, o agricultor veio, tomou preço e vai decidir daqui a uma semana. Então, nos próximos 30 dias nós ainda vamos colher frutos da Agrishow”, concluiu o vice-presidente da Abimaq, que destacou o setor de máquinas pulverizadoras e plantadeiras como os de grande destaque nesta edição da feira.

O público deste ano foi o mesmo de 2012. Cerca de 150 mil pessoas passaram pela Fazenda Tecnológica – local que abriga a Agrishow – nos cinco dias de evento, sendo 35 mil só no feriado de 1º de maio – Dia do Trabalho. O recorde de bilheteria gerou superlotação nos estacionamentos e filas de ao menos dois quilômetros em cada um dos sentidos da Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (SP-322), principal acesso à feira.

“A Abimaq e os associados vão investir nos próximos anos R$ 15 milhões justamente prevendo essa parte de estacionamento. Hoje nós temos na feira 790 expositores e 15 quilômetros de ruas e avenidas. Dia 1º [de maio] houve uma concentração muito grande de visitantes, extrapolou todos os dias. Isso saiu um pouco da estrutura, mas está sendo prevista uma ampliação de toda essa infraestrutura”, disse Marchesan.

Segundo ele, o fato de a feira ficar mais 30 anos no mesmo local em Ribeirão Preto – garantido por um decreto do governo estadual – dá segurança para que a organização invista em melhorias.

Negócios

Se a estrutura foi alvo de críticas, os negócios da 20ª edição da Agrishow foram comemorados pelos expositores. Segundo Cesar Di Luca, diretor comercial de uma empresa com linhas de tratores e colheitadeiras de cana sediada em Sorocaba (SP), o evento é responsável por até 20% de todo o faturamento anual da companhia. Neste ano, as vendas nos cinco dias de feira foram 30% maiores em relação a 2012.

“Todas as empresas preferem a Agrishow para fazer os lançamentos, então os clientes esperam para ver o que tem. Isso junto com as condições [de preço] que nós costumamos fazer”, conclui.

O gerente comercial Flávio Trezza de uma empresa de plantadeiras com sede em Batatais (SP) disse que vendeu 20% a mais na edição deste ano da Agrishow em relação ao ano passado. “É a principal feira para a gente. A Agrishow continua sendo a feira que mais atrai pessoas de todas as regiões. O cliente busca tecnologia, ele quer produtos que o ajudem, que aumentem a produtividade”, conclui.

Feira para todos os tamanhos

Não é só de grandes compradores que é feita a Agrishow. Os agricultores de pequenas e médias propriedades também marcaram presença. A Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus) dobrou o faturamento de vendas em relação ao ano passado - foram R$ 250 milhões. O estande - que cresceu 500 metros em 2013, indo para 3,5 mil metros, comercializa máquinas, implementos, insumos e tem uma loja com itens para o campo.

"Ele [o cooperado] espera porque aqui na Agrishow ele consegue um preço menor. A cooperativa negocia com seus parceiros e traz para os produtores condições e formas de pagamento melhores", relatou a assessora de imprensa da Coopercitrus, Maria Dolores Figols. Segundo ela, 18 mil convites da feira foram entregues aos cooperados, que ainda contaram com 60 ônibus para realizar o transporte de várias regiões de São Paulo e do Triângulo Mineiro ao evento.

A Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) registrou um aumento de 10% de público durante a feira, segundo o responsável pelo estande, Flavio Cesar Oatino. Ele diz que, nesta edição, o que chamou a atenção foram as visitas de africanos, mexicanos e bolivianos. "Este ano a gente atendeu muitos estrangeiros que vieram buscar informações sobre cooperativismo para levar para lá", afirmou.

Fonte: Portal G1, Portal Falando de Feiras/Abimaq

quarta-feira, 17 de abril de 2013

BNDES desembolsa R$ 37,2 bilhões e registra melhor 1º trimestre da história


Resultado foi puxado por bens de capital e indica retomada de investimentos. Liberações para micro, pequenas e médias empresas batem recorde

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 37,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com alta de 52% na comparação com o mesmo período de 2012.

O nível dos desembolsos é o mais alto da história do BNDES para o primeiro trimestre e indica uma recuperação expressiva dos investimentos, com destaque para as liberações destinadas a máquinas e equipamentos e ao setor industrial. O ritmo das aprovações do Banco vai na mesma direção da retomada do nível de atividade, com total de R$ 40,7 bilhões e alta de 51%.

Outro destaque do período foram os desembolsos para micro, pequenas e médias empresas, que chegaram ao recorde de R$ 15,1 bilhões, aumentando 50% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

A indústria respondeu por 36% (R$ 13,5 bilhões) dos desembolsos totais, com forte alta de 109%.

Todos os segmentos industriais tiveram resultado positivo entre janeiro e março deste ano, com destaque para máquinas e equipamentos. As liberações automáticas do Banco, por meio da Finame, atingiram R$ 16,3 bilhões, com crescimento de 70%.

Desse total, R$ 4,8 bilhões foram destinados a “equipamentos não-transporte”, ou seja, a máquinas industriais diretamente vinculadas a investimentos em ampliação de capacidade produtiva e modernização.

Esta categoria de bens de capital apresentou alta de 90% nos desembolsos em relação a janeiro/março de 2012. Nela estão segmentos fundamentais à expansão industrial, que ampliaram investimentos na aquisição de maquinário de caldeiraria (596%), máquinas-ferramentas (135%) e máquinas para movimentação de carga (115%).

Para equipamentos de transporte, onde estão classificados ônibus e caminhões, o Banco liberou R$ 8 bilhões no primeiro trimestre de 2013, com alta de 44%.

Já os desembolsos a equipamentos agrícolas (tratores, implementos e colheitadeiras, entre outros), incrementados pela safra recorde de grãos, aumentaram 129%, totalizando R$ 3,6 bilhões.

Os fortes desembolsos para bens de capital mostram o alcance e a importância do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), que oferece taxas mais baixas para a aquisição de máquinas e equipamentos. Os desembolsos do PSI somaram no primeiro trimestre R$ 20,2 bilhões, contribuindo para o aumento da competitividade da indústria nacional.

Os enquadramentos e as consultas fecharam o trimestre com queda de, respectivamente, 12% e 11%. Os números, entretanto, não indicam diminuição da disposição do empresariado em investir, porque foram fortemente influenciados por uma única operação: um limite de crédito à Petrobras, de R$ 9,4 bilhões, que passou pelos estágios de consulta e enquadramento no BNDES no primeiro trimestre de 2012.

A análise do desempenho setorial do BNDES revela que em janeiro/março deste ano as liberações para infraestrutura atingiram R$ 9,3 bilhões. O número representa queda de 7% em relação a 2012, mas a tendência para o setor é de expansão, já que as aprovações, de R$ 15 bilhões, cresceram 73%. O segmento de transporte ferroviário e rodoviário deu importante contribuição a esse resultado.

Para comércio e serviços, o Banco liberou R$ 9,7 bilhões (alta de 65%) e aprovou R$ 10,8 bilhões (mais 34%). Para agropecuária, as liberações foram de R$ 4,7 bilhões, com crescimento de 113%, em relação a janeiro/março de 2012. Já as aprovações do setor ficaram em R$ 3,6 bilhões (expansão de 63%).

Fonte: Portal BNDES - ABIMAQ

terça-feira, 2 de abril de 2013

Faturamento da indústria de máquinas e equipamentos sobe 13,9% em fevereiro


A indústria de máquinas e equipamentos fechou o mês de fevereiro com faturamento bruto real de R$ 5,981 bilhões, o que representa uma alta de 13,9% em relação a janeiro. Os dados foram divulgados nesta quarta, dia 27, pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Na comparação com fevereiro de 2012, o faturamento bruto real registrou recuo de 4,8%.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos atingiu, no fim do mês passado, R$ 9,113 bilhões, o equivalente a uma baixa de 1,4% ante janeiro. Em relação ao mesmo mês de 2012, houve um avanço de 6,6%.

Quando considerado apenas o faturamento das indústrias de máquinas e implementos agrícolas, a alta foi de quase 13% no primeiro bimestre. Segundo a Abimaq, o faturamento em janeiro e fevereiro foi de R$ 1,637 bilhão. Apesar do desempenho positivo, representantes da associação afirmam que a retomada do setor ainda é incerta. De acordo com Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, o aumento nas importações de máquinas e implementos agrícolas é uma das principais preocupações.

Agrishow

Durante a divulgação, foi lançada a Agrishow, evento que ocorre entre 29 de abril e 3 de maio em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Neste ano, um dos principais temas da feira vai ser a sustentabilidade. O projeto Agrishow sustentável teve início no ano passado e deve oferecer produtos e serviços ligados ao assunto para os visitantes.

Fonte: Agência Estado, Zero Hora, O Diário NET, Rural BR, Grande FM, Portal Ricardo Alfonsin Advogados - ABIMAQ

quinta-feira, 28 de março de 2013

Setor de máquinas agrícolas espera crescer 10% em 2013

(24/03/2013) - Produtores agrícolas capitalizados e condições de crédito favoráveis a investimentos, especialmente por conta do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), motivam otimismo entre os fabricantes de máquinas e implementos agrícolas.
Para Celso Casale, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, o faturamento do setor deverá crescer 10% este ano (no ano passado o setor registrou aumento de 13%).  “Produtores capitalizados por boas safras e apoiados pela manutenção da oferta de financiamento regular e não sujeita a interrupções devem confirmar o bom desempenho nas vendas de máquinas e implementos agrícolas.”
Casale observa que mesmo com a conjuntura favorável é preciso estar alerta “principalmente pelo fato de estarmos crescendo isoladamente em meio a uma economia que apresenta índices de expansão bastante discretos”.
Os fabricantes de tratores e colheitadeiras, representados pela Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) também enxergam um momento favorável para investimentos, mas preveem crescimento mais modesto. “Para este ano prevemos um crescimento 4 a 5% em unidades”, comenta o representante do segmento dentro da entidade, Milton Rego. “É um crescimento bom, importante, mas bem abaixo das previsões do aumento da renda agrícola, de 14%”, diz, explicando que apesar do crescimento em número de unidades ser menor, as máquinas procuradas têm maior valor agregado, com maior tamanho e potência. Em 2012 foram vendidas 69,4 mil máquinas agrícolas.
A competitividade no mercado global é o grande desafio do setor, segundo os dois entrevistados, sendo o Custo Brasil a principal dificuldade a ser enfrentada. Casale afirma que uma das metas da Câmara Setorial da Abimaq para os próximos anos é a de “criar condições para elevar o padrão das tecnologias embarcadas nos produtos das empresas associadas para que elas consigam melhorar sua competitividade e, assim, enfrentar uma concorrência cada vez mais acirrada e cada vez mais globalizada, inclusive com possibilidade de ocorrer fusões e incorporações”.
No acumulado de janeiro a dezembro do ano passado houve aumento de 22,9% nas importações de máquinas e implementos agrícolas. Milton Rego lembra que o mercado brasileiro é um dos mais promissores no mundo e alvo de interesse de fabricantes de todo o mundo, enquanto os fabricantes locais sofrem com a falta de competitividade nas exportações. “Hoje estamos exportando basicamente para o Mercosul. Ainda que o mercado brasileiro seja forte, a exportação é importante para manter a economia dinâmica”, destaca. (Juliana Passos)
Fonte: Usinagem Brasil

quarta-feira, 20 de março de 2013

Produto brasileiro está 34% mais caro, aponta Fiesp


O "custo Brasil", aliado à valorização cambial, torna o produto brasileiro 34,2% mais caro em relação aos principais países que exportam para o Brasil, revela estudo do departamento de competitividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que levou em consideração os 15 países que mais fornecem manufaturados ao Brasil. O universo pesquisado representa 76% das importações de industrializados do país. O levantamento levou em consideração dados de 2012.

Um dos fatores mais destacados no estudo para a elevação do custo de produção brasileira é a carga tributária. O levantamento da Fiesp mediu de forma separada os efeitos dos tributos indiretos e dos diretos. Segundo o estudo, o peso dos tributos diretos brasileiros torna o produto doméstico 6,7% mais caro que o dos países parceiros e 5,1% mais caro que o da China.

No cálculo, foi considerada a desoneração da folha de pagamentos que entrou em vigor para algumas atividades da indústria de transformação no ano passado. Isso, segundo o estudo, reduziu a participação da carga tributária no preço industrial em 0,5 ponto percentual.

Outro problema, porém, está nos tributos indiretos, que deveriam somente incidir sobre o valor adicionado. Dificuldades na forma de cálculo desses tributos, porém, provocam perdas com créditos, o que torna irrecuperável parte do recolhimento. De acordo com o estudo da Fiesp, esses tributos irrecuperáveis elevam em 5,8% o preço do produto industrial na comparação com os países parceiros e em 6,1% em relação à China.

José Ricardo Roriz Coelho, diretor de competitividade da Fiesp, exemplifica como tributos irrecuperáveis o PIS e a Cofins recolhidos sobre receita pelas empresas e em estudo para reforma pelo governo federal. Atualmente o cálculo não cumulativo das duas contribuições não permite que as empresas usem como crédito o PIS e a Cofins pagos em todas as despesas. Somente os insumos empregados na fabricação e que são incorporados no produto dão direito a crédito.

O estudo mediu ainda o impacto da burocracia necessária para acompanhar as mudanças tributárias e o excesso de normas para diversos impostos. Os custos da burocracia brasileira trazem um adicional de 2,9% aos preços dos produtos brasileiros em relação ao dos parceiros e em 3% na comparação com a China.

O impacto do câmbio também foi analisado. Segundo o estudo, a moeda nacional ainda está valorizada em relação ao dólar, com apreciação de 29% calculada em janeiro. A valorização do real pode beneficiar parte da indústria ao ajudar a reduzir o custo de insumos importados.

A absorção dessa redução de custos, porém, está limitada, em média, a 40,2% do preço final do produto industrial. Isso faz com que uma valorização de 25% da moeda nacional ante o dólar, por exemplo, resulte em uma redução de máxima de 10% no preço final do produto industrial.

Os cálculos levam em consideração a matriz insumo-produto do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cálculo leva em conta que o custo de insumos, componentes, partes e peças correspondem a 40,2% do preço do bem industrial. O restante são despesas não afetadas pela variação cambial, como salários, tributos, lucros e demais custos operacionais.

O maior problema acontece quando o produto da indústria nacional concorre com o importado, que absorve de forma quase integral o efeito da valorização da moeda nacional. Para manter a competitividade nessas condições, diz Roriz, a indústria doméstica teria de corrigir a distorção por meio da redução da margem bruta. Alguns segmentos, porém, diz ele, já trabalham com margens apertadas.

A tributação na importação, segundo o estudo, é amena, o que acaba facilitando a entrada de produtos externos. Diferentemente do que se pensa, diz Roriz, a alíquota efetiva de importação brasileira é bastante baixa em relação ao máximo de 35% permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O levantamento indica que a alíquota média praticada na importação é de 9,8% para o universo dos países de origem mais importantes. Para os produtos "made in China", a alíquota média é de 14,7%.

Fonte: Valor Econômico - Abimaq

quarta-feira, 13 de março de 2013

Produção industrial recua mais que o previsto na zona do euro


A produção industrial da zona do euro caiu 0,4% em janeiro na comparação com dezembro e 1,3% na comparação com janeiro do ano passado. A previsão de analistas era de queda de 0,1% na comparação mensal.

Em toda a União Europeia, a indústria encolheu 0,4% na comparação mensal e 1,7% na anual.

Em dezembro na comparação com novembro, a produção havia aumentado 0,9% na zona do euro e 0,8% na União Europeia.

De acordo com a Eurostat, agência de estatísticas da região responsável pela divulgação dos números, a produção de bens de consumo duráveis recuou 1,4% em janeiro ante dezembro na zona do euro, enquanto a de bens de capital cedeu 1,2%. A produção de energia caiu 1,0% e a de bens intermediários cresceu 0,1%. A produção de bens de consumo não duráveis aumentou 0,9%.

"A recuperação econômica na zona do euro será dolorosamente lenta", disse o economista Nick Kounis, chefe de pesquisas macroeconômicas do ABN Amro Bank em Amsterdã, antes da divulgação do dado. "Com o crescimento tão fraco e a inflação continuando a cair para níveis baixos, acreditamos que há espaço para mais estímulo e que o BCE deveria ser mais ativo", afirmou ele, referindo-se ao Banco Central Europeu, que prevê contração de 0,5% na economia da zona do euro neste ano.

Fonte: Valor Econômico - ABIMAQ