segunda-feira, 10 de junho de 2013

BNDES: Desembolsos até abril sinalizam liberações acima de 2012

O fortalecimento dos investimentos na economia brasileira em 2013 pode conduzir a uma elevação de dois dígitos nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2013, em relação ao ano passado (R$ 156 bilhões). A avaliação partiu do superintendente da Área de Planejamento do banco, Claudio Leal.

Ele fez a observação ao comentar o desempenho do banco no primeiro quadrimestre do ano, que mostrou alta de 59% nas liberações ante igual período em 2012, totalizando R$ 54,4 bilhões. Para Leal, o banco tem todas as condições de manter trajetória de crescimento de dois dígitos até o fim do ano.

Para o superintendente, o desempenho do BNDES nos primeiros quatro meses de 2013 mostra “uma intenção de investimento mais disseminada”. Ele admitiu que as liberações foram beneficiadas por base de comparação baixa referente ao ano passado, quando a indústria, principalmente de bens de capital, mostrava resultados fracos de atividade.

“Mas temos um duplo movimento: um estatístico, de comparação com base mais fraca e outro real mesmo, associado à elevação da carga transportada, especificamente à carga agrícola”, disse, citando as liberações expressivas de crédito para material de transporte, que subiram 220% no primeiro quadrimestre ante igual período em 2012, para R$ 4 bilhões. Esse segmento impulsionou desembolsos da indústria – que foram o grande destaque do período, e subiram 113% de janeiro a abril, para R$ 20,2 bilhões.

Consultas de crédito

O superintendente minimizou o recuo, no primeiro quadrimestre, de 6% nas consultas de crédito – primeiro passo na procura por financiamento junto ao banco e “termômetro” para medir apetite de empresários por novos investimentos. O especialista explicou que o recuo foi afetado por fator pontual: uma consulta de R$ 9,2 bilhões para operação de limite de crédito à Petrobras, no primeiro quadrimestre do ano passado (a petroleira estava envolvida em operação de limite de crédito).

“Foi uma consulta muito grande, de porte”, disse, explicando que isso elevou fortemente a base de comparação de consultas referente ao ano passado. “Em 12 meses, as consultas crescem a ritmo de 42% até abril”, acrescentou.

Para ele, os dados de janeiro a abril mostram sinais ascendentes na procura por crédito por parte do empresariado. “Isso [o desempenho do primeiro quadrimestre] nos dá confiança para quase que afirmar que essa tendência tende a se materializar na frente. Não fechamos os dados de maio [de desembolsos], mas posso te antecipar que eles vêm fortes”, afirmou. “A tendência é de crescimento em todas as etapas de operação do banco”, concluiu.

Fonte: Valor Econômico

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