segunda-feira, 24 de junho de 2013

Fabricantes de máquinas agrícolas criticam tributação do setor

A constatação é de um relatório elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entregue ontem, ao presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).

O diretor de Relações Institucionais da Abimaq, Márcio Ribaldo, explicou como o custo Brasil influencia o preço final dos produtos. "Um produto qualquer fabricado na Alemanha, se eu trouxesse essa fábrica para o Brasil, com os mesmos operários, com a mesma matéria-prima, com mesma produtividade, esse produto sairia 43,5% mais caro do que na Alemanha e do que nos Estados Unidos. Ou seja, o produto que eu venderia na Alemanha por 100 euros eu tenho que vender aqui no Brasil por 143,5 euros."

Tributação - Márcio Ribaldo apontou o sistema tributário brasileiro como um dos fatores que comprometem a competitividade e a eficiência do setor. "Eu não vejo, em nenhum lugar do mundo, a tributação no investimento. Você não vai tributar a árvore, e sim a maçã que vai colher da árvore. A máquina não deve ser tributada, porque ela é uma geradora de impostos, tem que ser tributado o produto que ela transforma."

O deputado Jerônimo Goergen vai agendar uma reunião dos integrantes da Comissão de Integração Nacional e dos empresários no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para discutir medidas que possam levar à redução do preço final dos produtos industrializados no País. O encontro está previsto para a primeira semana de julho.

Dentro de 20 dias, será divulgada uma segunda versão do documento Custo Brasil, da Abimaq.

Fonte: Portal do Agronegócio, Ecofinanças, Sistema FAMASUL, Blog Elena Santos/Abimaq

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sicredi prevê liberar R$ 7,6 bilhões em crédito rural na safra 2013/14

O Sicredi, instituição financeira cooperativa, informou que prevê liberar R$ 7,6 bilhões em crédito rural na safra 2013/14, que terá início em 1º de julho. A expectativa é que sejam efetivadas cerca de 165 mil operações. Se confirmadas as projeções, novos recordes serão alcançados.

Conforme o Sicredi, no ciclo 2012/13, que está na reta final, as liberações deverão totalizar R$ 6,3 bilhões, por meio de 155 mil financiamentos, com aumentos de 47% no volume de recursos e de 7% no número de operações em relação à temporada 2011/12.

Ainda segundo o Sicredi, do valor estimado para 2013/14, R$ 6,3 bilhões deverão ser direcionados a custeio, comercialização e investimento com linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e “voltadas aos demais produtores”. As operação com recursos do BNDES tendem a somar R$ 1,3 bilhão.

Fonte: Valor Econômico / Abimaq

segunda-feira, 10 de junho de 2013

BNDES: Desembolsos até abril sinalizam liberações acima de 2012

O fortalecimento dos investimentos na economia brasileira em 2013 pode conduzir a uma elevação de dois dígitos nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2013, em relação ao ano passado (R$ 156 bilhões). A avaliação partiu do superintendente da Área de Planejamento do banco, Claudio Leal.

Ele fez a observação ao comentar o desempenho do banco no primeiro quadrimestre do ano, que mostrou alta de 59% nas liberações ante igual período em 2012, totalizando R$ 54,4 bilhões. Para Leal, o banco tem todas as condições de manter trajetória de crescimento de dois dígitos até o fim do ano.

Para o superintendente, o desempenho do BNDES nos primeiros quatro meses de 2013 mostra “uma intenção de investimento mais disseminada”. Ele admitiu que as liberações foram beneficiadas por base de comparação baixa referente ao ano passado, quando a indústria, principalmente de bens de capital, mostrava resultados fracos de atividade.

“Mas temos um duplo movimento: um estatístico, de comparação com base mais fraca e outro real mesmo, associado à elevação da carga transportada, especificamente à carga agrícola”, disse, citando as liberações expressivas de crédito para material de transporte, que subiram 220% no primeiro quadrimestre ante igual período em 2012, para R$ 4 bilhões. Esse segmento impulsionou desembolsos da indústria – que foram o grande destaque do período, e subiram 113% de janeiro a abril, para R$ 20,2 bilhões.

Consultas de crédito

O superintendente minimizou o recuo, no primeiro quadrimestre, de 6% nas consultas de crédito – primeiro passo na procura por financiamento junto ao banco e “termômetro” para medir apetite de empresários por novos investimentos. O especialista explicou que o recuo foi afetado por fator pontual: uma consulta de R$ 9,2 bilhões para operação de limite de crédito à Petrobras, no primeiro quadrimestre do ano passado (a petroleira estava envolvida em operação de limite de crédito).

“Foi uma consulta muito grande, de porte”, disse, explicando que isso elevou fortemente a base de comparação de consultas referente ao ano passado. “Em 12 meses, as consultas crescem a ritmo de 42% até abril”, acrescentou.

Para ele, os dados de janeiro a abril mostram sinais ascendentes na procura por crédito por parte do empresariado. “Isso [o desempenho do primeiro quadrimestre] nos dá confiança para quase que afirmar que essa tendência tende a se materializar na frente. Não fechamos os dados de maio [de desembolsos], mas posso te antecipar que eles vêm fortes”, afirmou. “A tendência é de crescimento em todas as etapas de operação do banco”, concluiu.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dilma anuncia crédito de R$ 136 bilhões para agricultura empresarial

Montante foi anunciado nesta terça-feira no Palácio do Planalto.
Taxa anual média de juros do Plano Agrícola se mantém em 5,5%.

O governo federal lançou nesta terça-feira (4) o Plano Agrícola e Pecuário, que vai liberar R$ 136 bilhões para financiar a safra 2013/2014.

O plano, anunciado pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, abre crédito para agricultores de todo o país investirem na produção. O dinheiro pode ser usado, por exemplo, para compra de equipamentos agrícolas e melhoramento de infraestrutura nas propriedades rurais.

O crédito do governo terá uma taxa média de juros de 5,5%, a mesma do plano de 2012/2013. Algumas modalidades específicas, porém, tiveram redução: 3,5% para aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem; 4,5% para o médio produtor e 5% para práticas sustentáveis.

O valor de R$ 136 bilhões é 18% maior que o disponibilizado na safra passada, de R$ 115,2 bilhões. Do total, R$ 97,6 bilhões deverão ser usados para financiar os custos da produção e comercialização e o restante, R$ 38,4 bilhões, será destinado a programas de investimento.
Em seu discurso, durante lançamento do plano no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff destacou a participação do agronegócio no PIB brasileiro e disse que a agricultura, em 2013, terá um "crescimento excepcional".

"Na semana passada, quando o IBGE divulgou os resultado do PIB do primeiro trimestre de 2013, mais uma vez os números da agropecuária impressionaram. Permitam-me lembrar aqui: a agropecuária cresceu 17% em relação ao primeiro trimestre de 2012 e 9,7% frente ao quarto trimestre do ano passado [...] Não tenho dúvida de que a agricultura em 2013 terá um crescimento excepcional com grande aumento de produtividade", afirmou a presidente.

A presidente assegurou que não faltarão recursos para financiamento da agricultura, mesmo que os R$ 136 bilhões previstos sejam integralmente gastos.

“Se forem gastos em todas as áreas previstas, não faltarão recursos. Nós iremos complementar. R$ 136 bilhões é o que vocês têm colocado à disposição hoje. Gastem e terão mais porque não olhamos a agricultura como um problema, mas como uma solução, por isso que é: gastem e terão mais”, afirmou.

O agronegócio brasileiro, de acordo com Antônio Andrade, gera 35 milhões de empregos. “Esses números revelam a capacidade de resposta aos estímulos oficiais e de mercado”, disse. “O Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 é uma verdadeira revolução nos campos do Brasil, onde crescimento e sustentabilidade estão lado a lado gerando riquezas e competitividade”, afirmou.

Durante a cerimônia, o ministro destacou ainda a aprovação da MP dos Portos como um avanço para o setor agropecuário. Segundo ele, a medida, recém-aprovada pelo Congresso, vai “manter a liderança do Brasil no mercado internacional”.

“Nossos produtores sabem que têm no governo federal um forte aliado, por isso vejo como avanço extraordinário a aprovação da MP dos Portos pelo Congresso Nacional”.

Valores

O ministro destacou ainda os valores que serão disponibilizados para alguns setores específicos. O programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que incentiva práticas de agricultura sustentável,  teve acréscimo de 32% em volume de recursos do último plano para a safra deste ano e saltou de R$ 3,4 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

Já o limite de financiamento de custeio, por produtor, saltou de R$ 800 mil para R$ 1 milhão, e o limite para comercialização, de R$ 1,6 milhão para R$ 2 milhões.

O médio produtor terá acréscimo de 18% no volume para financiamento em custeio, comercialização e investimento. De acordo com Andrade, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural saltou de R$ 11,15 bilhões para R$ 13,2 bilhões nesta safra.

Armazéns

Uma das novidades do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, de acordo com o ministro Antônio Andrade, é o incentivo aos armazéns privados. O governo vai disponibilizar R$ 25 bilhões em cinco anos para financiar a construção de silos com o objetivo de melhorar as condições de armazenamento e de escoamento da produção.

Na safra 2013/2014, serão R$ 5 bilhões para esse fim. O agricultor terá prazo de até 15 anos para o pagamento, segundo o ministro.

O governo pretende ainda dobrar a capacidade de armazenagem da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que receberá R$ 500 milhões na próxima safra.



Fonte: globo.com

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Faturamento da indústria de máquinas sobe em abril

De acordo com informações da agência Reuters, a indústria de máquinas e equipamentos registrou um crescimento de 4,6% no faturamento bruto em abril, sobre igual mês de 2012, segundo dados da associação que representa o setor, Abimaq, que espera uma melhora no restante do ano, ainda que de forma cautelosa.
No mês passado, o faturamento também registrou crescimento de 4,2 por cento na comparação com março, mas ainda assim, no acumulado dos quatro primeiros meses do ano houve queda de 8,2 por cento, ante igual período de 2012, totalizando 23,832 bilhões de reais.

Fonte: Notícias da Pecuária / Abimaq