terça-feira, 16 de outubro de 2012

Indústria mostra recuperação em nove regiões brasileiras


A produção industrial cresceu em 9 de 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em agosto.

Segundo o levantamento divulgado, o estado de Goiás liderou o crescimento da indústria, com 10,3%.

Os seguintes estados também registraram crescimento: Amazonas (7,6%), Rio Grande do Sul (4,8%), Minas Gerais (3,3%), Paraná (3,0%), São Paulo (2,7%), Rio de Janeiro (0,6%), Santa Catarina (0,5%) e Bahia (0,1%).

A recuperação industrial ocorre após uma série de medidas anticíclicas e estruturantes, caso do Plano Brasil Maior, implementadas pelo governo federal com objetivo de aquecer a economia e reduzir os custos de produção.

Entre as primeiras, destacam-se a redução dos juros, que após nove cortes sucessivos chegaram ao inédito patamar de 7,50% ao ano, a ampliação das linhas de crédito dos bancos oficiais e a redução do IPI para carros, linha branca, móveis e materiais de construção.

Entre as medidas estruturantes de impacto imediato, o governo instituiu a desoneração da folha de pagamentos, que já contemplou 40 setores com a troca da contribuição de 20% para a previdência por uma alíquota que varia de 1% a 2% sobre o faturamento, e o programa Reintegra, que devolve à indústria 3% da receita obtida com a exportação de produtos.

O governo ainda direcionou R$ 8,4 bilhões do Orçamento para serem gastos com compras governamentais nas obras do PAC e nas áreas de saúde, defesa, educação e agricultura.

Segundo o IBGE, o maior dinamismo no ritmo produtivo também se evidenciou no índice de média móvel trimestral.

O trimestre encerrado em agosto teve expansão de 0,8% em relação ao mês anterior, interrompendo comportamento negativo observado desde agosto de 2011.

De acordo com o instituto, considerando esse índice, sete dos 14 locais pesquisados também apontaram resultados positivos, com destaque para Amazonas (2,3%), Minas Gerais (1,6%), São Paulo (1,0%) e Bahia (1,0%).

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) já havia apontado a recuperação da economia brasileira.

O índice estima o grau de atividade econômica e foi criado para tentar antecipar os resultados oficiais sobre o PIB divulgados pelo IBGE.

A última estimativa disponível, divulgada em setembro, apontou aumento de 0,42 por cento em julho frente a junho, em dados dessazonalizados.

Nos sete primeiros meses do ano, o IBC-Br aponta um crescimento de 1,08% sobre igual período de 2011.

Ainda segundo o levantamento do IBGE, na comparação de agosto de 2012 com o mesmo mês do ano passado, Minas Gerais (4,6%), Goiás (3,7%), Bahia (3,4%) e Pernambuco (1,5%) também apontaram resultados positivos.

A Região Nordeste como um todo registrou crescimento da produção industrial de 1,7% na comparação com o mesmo período. No índice acumulado em 12 meses, Goiás (7,0%), Paraná (3,9%) e Pernambuco (3,8%) apresentaram aumento da atividade fabril.

Como houve queda na atividade em Espírito Santo (-2,4%), Ceará (-1,5%), Pará (-0,7%) e Pernambuco (-0,7%) e estabilidade na Região Nordeste, também pesquisada, a média nacional de expansão da atividade industrial fechou, no mês, em 1,5%. 

Fonte: Dourados Agora - Abimaq

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